As canções para voz e piano de José Penalva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Santos, Grasieli Cristina dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/27534
Resumo: Resumo: José Penalva (1924-2002), natural de Campinas – SP, foi um dos compositores mais importantes a atuar no estado do Paraná. Sua obra é vasta e pouco explorada, com exceção do repertório pianístico e algumas peças orquestrais. Nessa dissertação apresento um estudo sobre suas canções seculares para voz e piano compostas entre os anos de 1953 e 1970. Esse trabalho teve como objetivos: analisar a relação texto/música que permeia as canções, traçar uma trajetória estilística entre essas canções inseridas no contexto composicional em que foram concebidas e um estudo das dificuldades técnicas da melodia executado pelo cantor. Como suporte teórico para a análise musical utilizei algumas ferramentas da análise estilística de Jean LaRue e da análise fenomenológica de James Tenney, aplicada somente na canção Dois Momentos. Para a análise da poesia fiz uso do modelo proposto por Norma Goldstein, do estudo de versificação em língua portuguesa de Manuel Bandeira e da pesquisa de Peter Stacey sobre a análise de música contemporânea. Conclui que suas canções são essencialmente nacionalistas, pela escolha dos temas, ritmos, textos e linguagem composicional utilizada. Nelas, o piano é um instrumento ambientador e comentador e em alguns momentos a música assume função mimética. Já sua obra Parafolclóricas – Dois Momentos difere das demais canções para canto e piano, sendo este o instrumento que oferece unidade e coesão ao texto, complementando as idéias do canto. Os textos escolhidos para as canções são essencialmente textos folclóricos ou poemas modernistas de fase nacionalista. Quanto à métrica, são recorrentes os usos de redondilhas maiores, talvez por um maior conforto do compositor em escrever para esse ritmo poético. Foram também discutidas as dificuldades técnicas do canto nas obras e sugeridas soluções para sua execução além de sugestões interpretativas para a performance.