Narrativas de jovens : experiências de participação social e sentidos atribuídos às suas vidas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Perondi, Maurício
Orientador(a): Stephanou, Maria
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/72693
Resumo: A tese busca compreender os sentidos expressos por jovens acerca de suas experiências de participação social, desenvolvidas em diferentes coletivos. Propõe uma análise compreensiva de narrativas desses jovens, da Região Metropolitana de Porto Alegre-RS, no ano de 2011, todos participantes de diferentes coletivos, a saber: Instituto Ingá (juventude e movimento ecológico); cursinho Pré-Vestibular Zumbi dos Palmares (juventude e educação popular); Instituto Cultural Afro- Sul/Odomodê (juventude e valorização das diferenças étnico-raciais); e Campanha Nacional Contra a Violência e o Extermínio de Jovens, das Pastorais da Juventude do Brasil (juventude e violência/direitos humanos). A partir de uma metodologia de cunho qualitativo, contou com a participação direta de jovens na produção dos dados empíricos. Os referenciais foram tomados de autores que tematizam as juventudes, as culturas juvenis, a participação social e os sentidos de participação no mundo contemporâneo, em especial Carles Feixa Pàmpols, Alberto Melucci, José Machado Pais, Regina Novaes, Marília Pontes Sposito, Paulo Carrano, Helena Abramo, Juarez Dayrell e Maritza Urteaga. O tratamento do corpus empírico inspirase no método de análise de dados conhecido como Método Documentário de Interpretação, que propõe dois momentos: o da interpretação formulada (abordagem compreensiva das narrativas de jovens) e o da interpretação refletida (análises, comparações e organização de categorias e temas a partir das narrativas). Os dados empíricos estão organizados em três eixos, que adotam uma caracterização temporal: a) o eixo dos sentidos do passado, b) o eixo dos sentidos do presente e c) o eixo dos sentidos do futuro. No primeiro, os jovens narram diversas experiências que foram significativas em suas trajetórias nos coletivos em que atuam e os sentidos produzidos a partir delas. Destacam-se os processos de identificação, de crescimento pessoal, a superação de dificuldades e conflitos, as relações intergeracionais e as experiências profissionais. No segundo, os jovens assinalam alguns sentidos produzidos a partir dos grupos e que são definidores para suas experiências no presente, entre os quais se encontram os sentidos pessoais, de sociabilidade, de missão, os sentidos formativos e os resultados. No terceiro, eles expressam sentidos de futuro que o envolvimento nos coletivos oportuniza, e que influenciam a dimensão profissional, as topias e utopias, em convicções de um futuro incerto e em como suas vidas seriam diferentes caso não participassem desses grupos. Por fim, a partir do estudo realizado é possível afirmar que a participação dos jovens nos coletivos em que atuam produz sentidos demarcadores em seus itinerários pessoais, tanto no passado como no presente assim como no futuro.