A política dos governadores como discurso : uma história da construção da estabilidade nacional na Primeira República

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Fagner dos
Orientador(a): Pinto, Celi Regina Jardim
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/201705
Resumo: A política dos governadores é frequentemente citada na bibliografia como o evento que inaugura um período de consolidação da Primeira República. Ela consistiria em um pacto oligárquico posto em prática por Campos Sales em 1900. Segundo Fernando Henrique Cardoso estabelecia que: 1- haveria prevalência do executivo sobre o legislativo na pessoa do Presidente, ou seja, sem conselho de ministros; 2- o legislativo não governa nem administra; 3- a base da formação da maioria legislativa seria formada através da presunção de legitimidade do resultado da eleição dado regionalmente; 4- promessa de não intervenção federal nos estados; 5- garantir a execução desse procedimento através de alteração do regimento da Câmara. Essa dinâmica seria mantida ao longo do período até o golpe de 1930. O objetivo deste trabalho é verificar se era isso o que significava a política dos governadores para os atores da época. Através das análises dos discursos parlamentares, de publicações periódicas e livros escritos na época, proponho dissertar sobre a formação desse discurso durante os anos de 1899 até 1904. A proposta é estudar os mecanismos discursivos que formaram a ideia de política dos governadores e da política dos estados, demonstrando que se trata de duas formações diferentes usadas pela oposição e situação. Na primeira parte do trabalho apresento esses discursos e sua formação. Na parte final faço uma comparação entre esses discursos entre si e o que foi absorvido pela historiografia acerca da época.