Associação de cipionato de estradiol e GnRH no controle da ovulação em vacas taurinas e sintéticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Velho, Gabriella dos Santos
Orientador(a): Rovani, Monique Tomazele
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/258701
Resumo: O presente trabalho teve como objetivo verificar o impacto do tratamento com GnRH 34 horas após a remoção do dispositivo intravaginal de progesterona (DIV) na ocorrência de ovulação, morfologia do corpo lúteo e concentração de progesterona (P4). Além disso, avaliar se o tratamento implicaria em um incremento na taxa de concepção em vacas taurinas e sintéticas. Para isto, foi realizado um Experimento Piloto, em que vacas de raças leiteiras foram sincronizadas com protocolo de 8 dias à base de estradiol e progesterona (P4). No D9, as vacas foram distribuídas nos grupos conforme o diâmetro do folículo pré-ovulatório (FPO) para receber GnRH (25 ug; Lecirelina); ou somente o CE (Grupo Controle). Observou-se 100% de ovulação no grupo GnRH (4/4) e 75% no grupo Controle (3/4; p=0,2) até 72 h após remoção do DIV, e a concentração sérica de P4 diferiu entre os dias avaliados (D5,5 e D12 após IATF; p=0,005), mas não em relação ao tratamento (p=0,2). No Experimento 1, a fim de testar o tratamento com maior número de animais, foram sincronizadas vacas sintéticas da raça Brangus, com o protocolo descrito anteriormente adicionado de Gonadotrofina Coriônica Equina (eCG; 300 UI) na retirada do DIV. Observou-se 95,8% de ovulação no grupo GnRH (23/24) e 80,9% no grupo Controle (17/21; p=0,1). A concentração sérica de P4 diferiu entre grupos (p=0,02) e os dias avaliados (D7 e D12 após IATF; p=0,001), mas não houve interação entre grupo e dia (p=0,8). No Experimento 2, o objetivo foi identificar o efeito do tratamento com GnRH na fertilidade de vacas taurinas de corte. Não foi observado efeito do tratamento na taxa de concepção (P/IA), sendo as taxas de P/IA de 51,6 % (n=184) e 54,1% (n=246) nos grupos no Controle e GnRH, respectivamente (p=0,2). No entanto, vacas com ECC (4-4,5) do grupo GnRH tiveram maior P/IA (p=0,003) e, vacas que manifestaram estro também tiveram maior P/IA em relação aos animais não detectados em estro (55,49% vs. 42,25%; p=0,03). No Experimento 3, as vacas foram sincronizadas com um protocolo diferente dos demais experimentos, em que no D0 receberam 5,5mg 17b estradiol e 50mg P4 injetáveis e DIV 0,96g de P4. As vacas foram distribuídas aleatoriamente nos grupos Controle (n=79) e GnRH (n=78), que recebeu 25ug de Lecirelina 34h após remoção do DIV. As vacas do grupo Controle que não apresentaram estro receberam GnRH na IATF (48h após a retirada do DIV). Vacas que receberam GnRH tiveram maior P/IA comparado ao grupo Controle (67,94 e 51,79%, respectivamente; p=0,03). Em resumo, o GnRH não proporcionou aumento na taxa de concepção em vacas taurinas e sintéticas, embora tenha incrementado significativamente a P/IA quando associado a um protocolo com 17b e progesterona injetável. Além disso, não promoveu incremento na função luteal (morfologia e progesterona sérica).