"Pedagogia da oprimida" : o aprender da professora de educação física pela experiência autoetnográfica inspirada em Paulo Freire

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Nunes, Luciana de Oliveira
Orientador(a): Bossle, Fabiano
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/285113
Resumo: A presente Tese de Doutorado trata do tema das aprendizagens que uma professora de Educação Física produz e compartilha na escola. A problematização do conhecimento delimitada foi: como o aprender vivido na experiência autoetnográfica e inspirado na leitura de Paulo Freire se desvela no/pelo corpo consciente da professora de Educação Física? Com a apropriação progressiva do desenho teórico-metodológico da autoetnografia e das leituras das obras de Paulo Freire, foi possível compreender que a experiência pessoal da professora e das muitas estruturas do seu eu, compunham um deslocamento da compreensão do aprender, situado regularmente na experiência do outro, para o relevante giro epistemológico de descrição das próprias memórias e tramas que constituem o cotidiano vivo e dinâmico de sua complexa e intensa atuação na escola pública do Município de Porto Alegre. O desenho teórico-metodológico foi a autoetnografia e os procedimentos de produção das informações foram os registros das experiências cotidianas em cinco diários autoetnográficos, que possibilitaram a construção de narrativas autoetnográficas/autobiográficas e a descrição a partir de reflexões e discussões sobre/com o aprender em Paulo Freire. Os principais achados remontam à compreensão de uma experiência política de conscientização de si mesma com o corpo e a cultura compartilhados com as crianças, colegas docentes e comunidade escolar. Essa consciência transita da ingenuidade do medo da liberdade para uma outra consciência, que é crítica e politicamente posicionada para a transformação de si, para outras experiências que constituem o conhecimento de si em processo de libertação que se dá pelo corpo. O processo de aprender se revela, desta maneira, uma nova disposição para compreender a si mesma e ao seu corpo, na cultura da escola, na condição de professora, mulher e pesquisadora. O processo de aprender se revela, desta maneira, uma nova disposição para compreender a si mesma e ao seu corpo, na cultura da escola, na condição de professora, mulher e pesquisadora. Processo de aprender que é permanente e inacabado.