Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Lima, Rafael Eduardo da Paixão |
Orientador(a): |
Svartman, Eduardo Munhoz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/212195
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Resumo: |
Pode-se afirmar que a identidade internacional do Brasil é construída através de disputas na qual diferentes atores mobilizam narrativas ao longo da história como, por exemplo, a priorização das relações com os vizinhos sul-americanos, a atuação brasileira no multilateralismo em um ambiente marcado pela assimetria de poder e, nem sempre com muita ênfase, a defesa dos direitos humanos. Dessa forma, partindo do construtivismo das Relações Internacionais, o objetivo desse trabalho é investigar de que forma a política brasileira para as migrações foi mobilizada discursivamente ao longo dos governos Lula (2003-2010), Dilma (2011-2016) e Temer (2016-2018) como elemento constitutivo da identidade internacional do Brasil. Para tanto, fazemos o uso da análise do discurso e, com o auxílio do software Nvivo, analisamos pronunciamentos coletados através do site da Biblioteca da Presidência. O emprego dessa metodologia se justifica por seu caráter ontológico construtivista de que criamos representações da realidade e atribuímos significado a ela através do discurso. Por fim, concluise que na gestão Lula da Silva o discurso migratório foi mobilizado para o reforço de uma identidade internacional brasileira para os direitos humanos e também para à América do Sul. Na gestão Rousseff o discurso migratório deu continuidade a narrativa de como o país é comprometido com os direitos humano e o acolhimento de migrantes, mas uma menor ênfase à identidade sul-americana. No governo Temer, por sua vez, a identidade internacional para do Brasil como defensor do regime internacional dos direitos humanos foi mantida nos fóruns internacionais através do discurso migratório, enquanto a migração como elemento constitutivo da identidade sul-americana foi praticamente abandonada. |