Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Corrêa, Edilene dos Santos |
Orientador(a): |
Wives, Daniela Garcez |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/164818
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Resumo: |
Partimos do pressuposto de que o desenvolvimento rural se dá a partir de arranjos entre atores locais e de outras esferas como regional, estadual e nacional, cujas influências de cada grupo e subgrupo se relacionam levando a decisões nos diferentes sistemas envolvidos na produção. Sob esta perspectiva olhamos para a agricultura familiar, considerando que sua reprodução social é fundamental para que ocorra o desenvolvimento e que uma das engrenagens deste conjunto é a comercialização, buscamos com este trabalho compreender o mercado institucional sob a perspectiva dos agricultores. Esta pesquisa se propôs a analisar as características e como estão organizadas a produção, a família e a comercialização nas unidades de produção da agricultura familiar fornecedoras de alimentos para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Esta pesquisa teve como local o município de São Lourenço do Sul, um dos pioneiros do país na compra de alimentos da agricultura familiar para a alimentação escolar. Com o intuito de levantar as particularidades desses atores sociais foi adotada a metodologia predominantemente qualitativa e alguns elementos da abordagem quantitativa. As ferramentas de coleta de dados foram painel de especialistas, entrevistas semi-estruturadas e categorização a partir de tipologia. Para a análise dos dados qualitativos foi adaptada a ferramenta MESMIS. Encontramos uma divisão que inclui três sistemas de produção, o de base ecológica, o convencional e o agroindustrial familiar. A pesquisa nos mostra que o PNAE impacta na organização da família quando remete ao empoderamento feminino, gera mudança na relação do jovem com a produção agropecuária e agroindustrial e leva os agricultores a uma reorganização para atender a demanda. Identificamos mudanças na produção especialmente na adoção de técnicas diferentes, como o cultivo protegido, e no direcionamento da escolha das variedades produzidas em conformidade com a solicitação apresentada pela unidade executora do PNAE. A organização da comercialização também apresenta alterações, vimos casos em que o autoconsumo deixa de acontecer, priorizando a entrega de produtos para a alimentação escolar. Finalmente, nota-se que o PNAE provoca mudanças, constitui-se como oportunidade, mas apresentando, ao mesmo tempo, desafios para os agricultores familiares. |