Masculinidades, feminilidades e androginia: uma análise interpretativa sobre a construção social de gêneros e suas implicações para o exercício da liderança no Poder Judiciário de Rondônia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Santos, Jean Carlo Silva dos
Orientador(a): Antunes, Elaine di Diego
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/86090
Resumo: Tem-se como objetivo nesta tese identificar e analisar os estereótipos de masculinidades e feminilidades nomeados pelos gestores do Tribunal de Justiça de Rondônia e as implicações desses no exercício da liderança. Consiste em uma pesquisa qualitativa com gestores e gestoras vinculados ao Tribunal de Justiça de Rondônia, onde se buscou identificar e descrever, a partir da dinâmica das relações de gênero, como os gestores percepcionam os significados de liderança e como a vivenciam em sua rotina de trabalho. Os dados coletados foram organizados por meio do método de análise de conteúdo. O marco teórico de referência envolve a teoria do papel social (EAGLY e KARAU, 1991) e a teoria da androginia psicológica (BEM, 1975, 1981). O cenário no qual as organizações do trabalho em sua maioria são estereotipadas como um espaço eminentemente masculino aguça o interesse dos pesquisadores sobre a questão de como a minoria feminina que alcançou cargos de liderança a conduz e se percebe como líderes e sobre as diferenças destas perspectivas com relação aos homens, o que leva ao exame do controvertido tema sobre a existência de diferenças de estilos de liderança entre os gêneros. Buscou-se compreender também como se manifestam os estereótipos de masculinidade e feminilidade entre os líderes, os significados atribuídos à liderança sob a lente do gênero e os atribuídos considerados pertinentes às lideranças masculina e feminina. Neste sentido, os estereótipos de liderança engendrados na organização, estão associados à expressividade e à instrumentalidade, mas esses atributos não estão localizados no âmbito específico da feminilidade e da masculinidade, respectivamente. São subjetivações, que não implica uma posse, mas uma produção incessante que acontece a partir dos encontros vivenciado com o outro (GUATTARI e ROLNIK, 1996). Mesmo que uma minoria dos gestores reporte-se à heteronormatividade dos papéis de gênero na liderança, a maioria reporta-se a uma perspectiva andrógina que concerne a níveis ou campos variados. Esta androginia, apesar de ser localmente situada, apresenta pontos comuns com a androginia apontada pelos autores, referentes à multidimensionalidade dos papéis de gênero no que diz respeito à análise dos conceitos de masculinidade e feminilidade que possibilita uma variedade de comportamentos individuais por parte do homem e da mulher.