Economia circular aplicada à desmontagem de veículos em fim de vida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Piazza, Vera Regina
Orientador(a): Tubino, Rejane Maria Candiota
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/198494
Resumo: Os veículos são o meio de transporte preferido por mais de 55% da população mundial. Quando seu ciclo de vida se encerra, estes bens ficam inadequados e inabilitados a exercer sua função, e são designados como Veículos em Fim de Vida. Porém, esses automóveis ainda dispõem de peças de boa qualidade para posteior reutilização; e/ou materiais como o ferro, o alumínio, os plásticos, as borrachas e os vidros, que também possuem valor agregado e grande potencial para a reciclagem. No Brasil, a produção anual de veículos em fim de vida é de mais de um milhão de unidades. Existe no Pais uma demanda por peças de reposição de fácil acesso. Estas peças são removidas em Centros de Desmanche de Veículos. Também os resíduos são destinados à reciclagem para a recuperação de materiais, muitos destes, de alto valor agregado. O comissionamento prévio dos veículos em fim de vida para a reciclagem ocorre nos Centros de Remoção e Depósito. São poucos os Estados brasileiros que possuem estrutura implementada para atender as demandas de reuso de peças recondicionadas e também, a reciclagem de materiais secundários de qualidade, obtidos através de sucatas. A lacuna deste estudo é o fato de que, no estado do Rio Grande do Sul, mais de 70% dos estabelecimentos que comercializam peças, ainda operam na informalidade e são ilegais. A siderurgia local é responsável pela alta demanda do ferro disponível para reciclagem. Os demais materiais são pouco aproveitados dentro do Estado. Mesmo assim, a região mais ao sul do Brasil é uma referência nacional quanto ao tema da Economia Circular ligada aos veículos. Para preencher essa lacuna, o objetivo deste estudo é propor oportunidades de melhorias em Centros de Desmanche de Veículos e Centros de Remoção e Depósito, considerando aspectos técnicos, ambientais e econômicos associados à aplicação do conceito de Economia Circular aos Veículos em Fim de Vida. Para a sequência metodológica, adotou-se o Design Research Methodology como método de trabalho. Realizou-se uma revisão da literatura pelo Método Snowball e foi efetuada uma pesquisa qualitativa, composta por entrevistas semi-estruturadas com gestores. Após análise documental, os principais resultados obtidos demonstram que a Economia Circular está sendo implementada no Estado. A viabilidade se comprova através de projeções de faturamento anual da ordem 1,3 bilhões de reais, no momento em que a totalidade dos atuais desmanches ilegais obtenham homologação da Autarquia. Outro resultado, foi o Macrofluxo do processo de desmontagem de veículos em fim de vida e destinação de resíduos, onde foram destacadas as rotas de provimento de peças para reuso através dos Centros de Desmanche de Veículos; e a da reciclagem a partir dos Centros de Remoção e Depósito. Também foram feitas proposições de melhorias tecnológicas como meio para aumentar a qualidade dos resíduos de veículos em fim de vida e incorporar a atuação de Prestadores de Serviços Ambientais para rentabilizar a reciclagem de outros materiais, excluindo o ferro. Pesquisas futuras foram sugeridas para recuperar materias nobres presentes nos catalizadores. Também foi proposta uma movimentação dos Stakeholders de forma a incluir as montadoras de veículos e os sistemistas nos fechamentos de circuitos para a consolidação da Economia Circular na indústria automotiva.