Caracterização molecular e detecção de genes de resistência em isolados de Acinetobacter spp. de amostras clínicas e de efluente hospitalar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Ferreira, Alessandra Einsfeld
Orientador(a): Corção, Gertrudes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/29944
Resumo: O gênero Acinetobacter tem emergido como um importante patógeno nosocomial que apresenta, não apenas resistência intrínseca a muitos antimicrobianos, como também uma grande habilidade de adquirir novos mecanismos de resistência. É de grande importância o conhecimento da epidemiologia local dos isolados para que se possa estabelecer o melhor tratamento a ser adotado e as medidas de controle epidemiológico mais adequadas para evitar a disseminação destes microrganismos. O objetivo deste trabalho foi de comparar isolados de Acinetobacter spp. provenientes de amostras clínicas e de efluente hospitalar quanto ao perfil de suscetibilidade a antimicrobianos e a presença de genes de resistência aos carbapenêmicos, assim como determinar a relação clonal destes isolados. Para isso isolados clínicos e amostras de efluente hospitalar de cinco hospitais em Porto Alegre, RS, Brasil foram coletadas. Os isolados bacterianos foram identificados como pertencentes ao gênero Acinetobacter através da amplificação do rDNA16S. O perfil de suscetibilidade a antimicrobianos foi avaliado pela técnica de disco-difusão e a presença dos genes blaIMP, blaVIM, blaSPM, blaOXA-23, blaOXA-51 foi analisada por PCR em todos os isolados resistentes a carbapenêmicos. A relação clonal dos isolados foi avaliada pela amplificação de seqüências repetitivas do genoma (ERIC-PCR) e análise de macrorestrição do genoma (PFGE). Foram analisados 577 isolados, sendo 274 clínicos e 303 de efluente hospitalar. Foram encontrados 68% de isolados clínicos e 30% de isolados de efluente multirresistentes. Não foram identificados isolados com genes para metalo-b-lactamases, mas 61,2% dos isolados clínicos e três isolados de efluente hospitalar apresentaram o gene blaOXA-23. O gene blaOXA-51 foi identificado em 84% dos isolados clínicos e 56% de efluente. As técnicas de ERIC-PCR e PFGE indicaram uma disseminação de isolados clones entre os diferentes hospitais analisados, assim como uma similaridade genética entre isolados de efluente hospitalar e isolados clínicos, indicando a disseminação dos últimos através do efluente.