Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Thomas, Pedro Augusto |
Orientador(a): |
Müller, Sandra Cristina |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
eng |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/276164
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Resumo: |
Os ecossistemas campestres ao redor do globo contêm uma grande biodiversidade e provêm diversos serviços ecossistêmicos. Esta realidade não é diferente para os Campos Sulinos, no sul do Brasil. Entretanto estes campos estão fortemente ameaçados por, principalmente, conversão de hábitat e espécies invasoras. A partir disso, a restauração ecológica é fundamental para os Campos Sulinos, mas experiências de restauração são poucas e recentes, e existem muitas lacunas no conhecimento. Diferentemente, os ecossistemas campestres temperados do Hemisfério Norte têm um longo histórico de restauração, e este conhecimento disponível pode ajudar a desenvolver a restauração aqui. Nesse contexto, essa tese o objetivo geral de contribuir para o desenvolvimento da restauração ecológica nos Campos Sulinos, a partir de capítulos teóricos e experimentais. O primeiro capítulo é um estado da arte da restauração ecológica na região, descrevendo também as características e ameaças aos Campos Sulinos, bem como desafios e caminhos futuros para a sua restauração ecológica. Os dois capítulos seguintes são experimentos realizados em casa de vegetação. No primeiro foi avaliado o potencial do feno, técnica promissora para a restauração na região, de introduzir sementes de espécies nativas quando coletado em diferentes períodos do ano e aplicado em duas quantidades. O experimento demonstrou que o feno tem potencial para introduzir espécies nativas de graminóides, porém há uma grande variação no número de plântulas dependendo da época e local de coleta. No segundo experimento criamos comunidades para competir com a invasora Eragrostis plana. Usamos uma abordagem de ecologia funcional para definir as comunidades de espécies nativas a partir de atributos funcionais foliares, e as comunidades foram semeadas com densidades diferentes. Os resultados demonstraram que desenhar comunidades a partir de uma perspectiva funcional não é eficiente para competir com a invasora, enquanto aumentar a densidade de sementes de espécies nativas sim. E o último capítulo foca no uso do fogo, um distúrbio endógeno em diversos ecossistemas campestres, como ferramenta de restauração ecológica. Neste capítulo fizemos uma revisão bibliográfica para saber se e em quais situações o fogo é útil na restauração. A revisão mostrou que em diversas situações o fogo é positivo. Porém na maioria das situações o seu efeito é nulo, e o resultado varia conforme o ecossistema campestre, o objetivo e as técnicas utilizadas. Por fim, essa tese demonstrou alguns caminhos para impulsionar o desenvolvimento da restauração ecológica dos Campos Sulinos. Mas fica claro que muitas dúvidas permanecem e mais estudos experimentais, principalmente com maior escala espacial e temporal, são necessários. A restauração ecológica é fundamental para os Campos Sulinos e deve ser expandida. |