Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Menezes, Luciana da Silva |
Orientador(a): |
Overbeck, Gerhard Ernst |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/221675
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Resumo: |
Os Campos Sulinos se estendem desde o extremo sul do estado do Rio Grande do Sul (RS) até o estado Paraná (PR). Na metade sul do RS os campos são predominantes e estão compreendidos pelo bioma Pampa, da metade norte do RS até o PR eles são representados por encraves campestres no bioma Mata Atlântica. Nesta tese, apresento resultados de uma pesquisa em ampla escala sobre a biodiversidade dos Campos Sulinos obtida em uma amostragem com desenho espacialmente aninhado e padronizado. No primeiro capítulo apresentamos uma descrição das comunidades de plantas, e valores de referência para conservação e restauração. Adicionalmente, observamos que as características de solo diferem entre os campos dos dois biomas e também evidenciamos a homogeneização das comunidades vegetais, provavelmente causada pelo pastejo excessivo. Um registro recorde de riqueza de plantas por metro quadrado é apresentado no segundo capítulo, aproveitamos para discutir questões relacionadas à conservação dos campos e a necessidade de maior reconhecimento dos estudos de base que envolvem levantamento da vegetação, também a importância de formar profissionais capacitados para reconhecer a biodiversidade dos campos. No terceiro capítulo a diversidade beta da vegetação campestre foi decomposta entre componentes de substituição de espécies (turnover) e aninhamento, buscamos quais fatores ambientais ou espaciais geram esses padrões em diferentes escalas. O padrão dominante nos Campos Sulinos é o turnover de espécies, na escala ampla esse padrão é gerado por filtros ambientais, que também geram aninhamento de espécies nesta escala. Na escala refinada a distância espacial foi a principal responsável pelo aninhamento e os resultados para turnover foram variáveis em cada local. No quarto capítulo testamos, com base na teoria da heterogeneidade de habitats, se a biodiversidade de plantas é determinante para comunidade associada de aranhas. A diversidade funcional de plantas afetou positivamente a diversidade funcional de aranhas nos níveis alfa e gama, porém para diversidade beta a relação foi inversa. Este padrão foi explicado pela cobertura de arbustos, que indica condições de pastejo amenas, favorecendo a manutenção de altos níveis de diversidade funcional alfa de aranhas ao longo de todas as unidades amostrais (baixa div. beta). As informações apresentadas nesta tese nos auxiliam a aprofundar de nosso conhecimento sobre as relações ecológicas da vegetação campestre com o ambiente, espaço e com outros grupos tróficos. Também contribuímos para geração de um amplo banco de dados sobre comunidades vegetais campestres que possui potencial para responder muitas outras questões sobre a dinâmica e ecologia dos Campos Sulinos. |