Paisagem cultural : elementos de configuração morfológica e valores de preservação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Barella, Sandra Maria Favaro
Orientador(a): Rigatti, Decio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/26720
Resumo: O estudo tem por objetivo discutir a ocupação territorial do núcleo de Forqueta como paisagem cultural, um tipo particular de paisagem representada por uma morfologia advinda de um processo evolutivo diferenciado. Descreve a paisagem a partir da identificação de propriedades e qualidades de paisagem que indicam ou promovem um valor definido, considerando o processo de implantação do Plano de Colonização como projeto de parcelamento territorial e assentamento humano fundador da paisagem regional. Explora os aspectos morfológicos da formação e evolução de núcleo rural da cidade de Caxias do Sul, no período de 1875 a 1998. Primeiramente, aborda a dimensão geográfica da área e explora o conceito de percurso matriz como sistema fundamental de conectividade e acessibilidade regional. A partir da metodologia da sintaxe espacial, busca analisar como padrões espaciais estão relacionados à formação do núcleo central do Bairro e das sedes das colônias, sua integração e distribuição no espaço, associadas a usos do solo e atividades econômicas daquela região. O estudo da configuração do núcleo central de Forqueta, ao longo destes períodos, descreve o sistema radicalmente transformado a partir da localização e da implantação da Gare da Estação Férrea e da própria via da linha férrea que modificam o padrão morfológico primitivo. O estudo da tipologia de unidade agrícola do início da ocupação na área, busca identificar os limites daquela paisagem que evolui de um caráter rural para a progressiva constituição das sedes de colônias e sedes de Capelas. Os caminhos que as articulam são descritos como unidades morfológicas que estabelecem conexões viárias e visuais e configuram os primitivos e escassos espaços público-institucionais locais nos centros dos núcleos. As paisagens são avaliadas como produtos de um grande número de decisões distintas sobre lugares individuais, produzindo imagens que ordenam esteticamente o espaço, como aspecto e significado. Busca explicitar, por fim, como tais imagens implicam no conceito de paisagem cultural e discute a conservação de determinados tipos de espaços abertos percebidos como áreas de interesse ecológico e cultural. Explora ainda as qualidades visuais que a fazem especialmente valorizada e que correspondem a uma estrutura e organização espacial e social determinada.