Memória de trabalho visual : papel do executivo central para a seleção de alvos na presença de distratores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Liedtke, Francéia Veiga
Orientador(a): Salles, Jerusa Fumagalli de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/219136
Resumo: O objetivo geral da presente dissertação foi investigar o papel do executivo central na seleção de informações em tarefa de Memória de Trabalho Visual (MTV), quando há a priorização de itens a partir de instrução (seleção de alvos na presença de distratores). Para isso, foi dividida em dois capítulos. O primeiro capítulo consiste de uma revisão sobre a evolução histórica do modelo de MTV (estrutura e o funcionamento) segundo Baddeley e colaboradores, bem como dos estudos experimentais que o embasaram. Para esse panorama geral, foram selecionados 11 artigos do autor. Verificou-se as manipulações experimentais realizadas, os resultados obtidos e as contribuições de cada estudo para o entendimento da estrutura e funcionamento da MTV. O segundo capítulo consiste no estudo empírico da dissertação. O objetivo foi verificar se a seleção de informações externas mantidas na MTV é automática pelo filtro perceptual (stimulus-driven attention) ou requer também o controle do EC (goal-directed attention), quando a categorização de alvos e distratores depende de instrução. A tarefa experimental construída demandava a seleção e a manutenção de informações visuais na MTV para posterior reconhecimento. A diferenciação entre alvos e distratores dependia de instrução e era alternada ao longo de toda a tarefa. Em paralelo à tarefa principal, havia a execução de três condições de tarefa concorrente: sem tarefa, com Supressão Articulatória e com Contagem Inversa. Para responder a essa pergunta, realizou-se um experimento com 48 universitários. O desempenho foi avaliado por Hits, Alarmes Falso, Taxa de Reconhecimento Correto e Índice de Sensibilidade A’. Realizou-se ANOVAs 3 (tarefa concorrente) x 2 (instrução) para todas as variáveis dependentes. Os resultados mostraram efeito principal da tarefa concorrente. Não houve efeito principal da instrução ou interação entre as variáveis. A partir desse resultado, pode-se inferir que o EC não controla o filtro perceptual, mas tem papel na seleção de alvos, atribuindo diferentes níveis de atenção aos alvos, quando há uma goal-directed attention. Isso corrobora as hipóteses de Allen et al. (2017) e Hu, Allen, Baddeley e Hitch (2016).