Repouso de três horas no leito após cateterismo cardíaco diagnóstico com introdutor 6 french não aumenta complicações decorrentes da punção arterial : ensaio clínico randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Matte, Roselene
Orientador(a): Silva, Eneida Rejane Rabelo da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/97618
Resumo: A despeito das evidências de que a redução do repouso no leito após cateterismo cardíaco diagnóstico sob abordagem transfemoral não aumenta as complicações decorrentes da punção arterial, esta prática ainda não está incoporada em muitos laboratórios de hemodinâmica (LH), principalmente em centros latino-americanos. Buscando preencher esta lacuna do conhecimento testou-se neste estudo se a redução do tempo de repouso no leito para três horas (GI), comparada a repouso de cinco horas (GC), não aumenta as complicações decorrentes da punção arterial após cateterismo cardíaco diagnóstico eletivo com introdutor 6 French e abordagem transfemoral. Foi conduzido um Ensaio clínico randomizado (ECR) no LH de um hospital público e universitário, região metropolitana, do Rio Grande do Sul no período de janeiro de 2011 a setembro de 2013. Foram incluídos pacientes adultos ambulatoriais. O GI deambulou três horas após a retirada do introdutor, e o GC após cinco horas. Todos pacientes permaneceram cinco horas na sala de observação onde foram observados a cada hora, pela equipe de enfermagem, e contatados por telefone em 24, 48 e 72 horas após a alta hospitalar. Foram avaliados os seguintes desfechos: hematoma, sangramento, hematoma retroperitoneal, pseudoaneurisma, formação de fístula arteriovenosa e reação vaso vagal Incluíram-se 730 pacientes: GI (n=367) e GC (n=363), média de idade de 62+11 anos. Durante a permanência dos pacientes na sala de observação do LH o hematoma foi a complicação mais observada em ambos os grupos, 12(3%) no GI e 13(4%) no GC (P=0,87); no GI 11(3%) pacientes apresentaram hematoma classificado como pequeno e 1(0,3%) apresentou hematoma classificado como grande; enquanto que no GC 11(3%) pacientes apresentaram hematoma classificado como pequeno e 2(0,6%) apresentaram hematoma classificado como grande; o sangramento ocorreu em 4(1%) dos pacientes no GI e 6(2%) no GC (P=0,51), tanto no GI como no GC a ocorrência de sangramento foi considerada menor. A reação vaso vagal ocorreu em 5(1,4%) pacientes no GI e 4(1,1%) pacientes no GC (P=0,75). Nos contatos em 24, 48 e 72 horas a equimose foi a complicação mais prevalente nos três períodos, para ambos os grupos, seguida pelo relato de dor no local da punção, para nenhuma das comparações foi observado significância estatistica. Apenas 1(0,3%) paciente do GC apresentou pseudoaneurisma no contato em 48 horas, necessitando retornar ao hospital para tratamento. Não foi observada nenhuma outra complicação durante todo o período do estudo. Os resultados deste estudo permitem concluir que a intervenção na redução do tempo de repouso para três horas após cateterismo cardíaco diagnóstico eletivo mostrou-se segura, sem aumento de complicações quando comparada aos pacientes que permaneceram em repouso de cinco horas.