Taxonomia e potencial de preservação de ostracodes (crustacea, ostracoda) da cadeia Vitória- Trindade, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Luz, Nathália Carvalho da
Orientador(a): Coimbra, João Carlos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/200719
Resumo: As ilhas oceânicas são áreas de grande importância ecológica, podendo servir de laboratório natural para diversas áreas do conhecimento, incluindo biogeografia, conservação, taxas de dispersão, entre outros estudos, bem como testar várias hipóteses científicas. Pesquisas sobre a ostracofauna de ilhas oceânicas brasileiras são bem recentes, tendo aumentado consideravelmente na última década, fornecendo importantes aspectos sobre a zoogeografia destas faunas. Este grupo de microcrustáceos tem grande relevância para a Paleontologia, sendo amplamente utilizados em estudos de reconstrução paleoambiental, paleoclimática e paleoceanográfica. Apesar disso, até onde sabemos, não existem estudos abordando a relação ‘vivo-morto’ considerando os ostracodes marinhos. Um importante meio para medir a qualidade do registro fóssil é avaliar a fidelidade na qual uma associação morta preserva a composição e a estrutura da comunidade. Neste sentido, os ostracodes podem se tornar uma excelente fonte informação em pesquisas sobre a qualidade do registro fóssil, através do estudo do seu potencial de preservação, inclusive em ambientes insulares. Esta tese tem por objetivo o estudo taxonômico detalhado da fauna de ostracodes da Cadeia Vitória-Trindade, uma sequência linear composta por montes submarinos e o arquipélago de Trindade e Martin Vaz, bem como avaliar a fidelidade das associações viva e morta destes organismos em uma ampla escala espacial. A ostracofauna observada na cadeia mostrou-se bastante diversificada, apresentando 54 espécies, e similar às faunas reportadas para a plataforma continental brasileira e ambientes marinhos marginais. Dez espécies novas foram registradas e são descritas em dois artigos oriundos desta pesquisa. As comparações entre vivos e mortos da ilha da Trindade mostraram que a associação morta representa com fidelidade a associação viva, podendo capturar mudanças de longo prazo na comunidade viva local. Já nos montes submarinos, concordância entre associação viva e morta, em geral, foi bem menor quando comparada a ilha. A fauna viva dos montes é composta principalmente por indivíduos juvenis, enquanto a fauna morta é, em sua maioria, formada por adultos. Essa diferença, que influencia nos valores de fidelidade, está possivelmente relacionada a uma rápida perda das carapaças após a morte dos indivíduos.