Análise acústica da deglutição e do segmento pós-deglutição de crianças com disfagia orofaríngea e aspiração traqueal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Almeida, Sheila Tamanini de
Orientador(a): Goldani, Helena Ayako Sueno
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/116802
Resumo: A ausculta cervical digital (ACD) pode ser utilizada para avaliar o mecanismo de proteção das vias aéreas e a duração dos sons da deglutição. O presente estudo objetivou comparar os sons da deglutição e a densidade de potência espectral (DPE) dos sons captados de crianças com disfagia orofaríngea (DOF), com e sem aspiração traqueal. Trinta e dois pacientes foram encaminhados para videofluoroscopia da deglutição (VFD), com mediana (percentil 25-75) de idade de 69 meses (35-120). Vinte e dois sons de deglutição foram captados, durante a deglutição de liquido destes pacientes com queixa de DOF e que aspiraram pelo menos uma vez durante o exame. Os sinais foram separados em G1 (n=11; com aspiração traqueal) e em G2 (n=11; sem aspiração traqueal). Outro grupo de sons da deglutição de crianças sem queixa de DOF (G3; n=11) foi comparado com G1 e G2. Todas as crianças foram avaliadas com microfone piezoelétrico fixado ao pescoço. As comparações múltiplas entre os grupos de sinais foram realizadas pelo método de equações de estimativas generalizadas com ajuste de Bonferroni, considerando p≤0.05. A média do tempo da deglutição no G1 (1.289±0.064s) e no G2 (1.230±0.124s) foi significativamente maior do que em G3 (0.596±0.057s) (p<0.001). Não houve diferença entre os tempos de deglutição de G1 e G2 (p=0.999). A média do tempo do “Gap” no G1 (0,266±0,025s) e no G2 (0,223±0,033s) foi maior que em G3 (0,117 ±0,017s) (p<0.001). Não houve diferença desta variável entre G1 e G2 (p=0.999). A média dos valores da DPE da aspiração detectada no G1(3330.8±405.7 1/√Hz) foi estatisticamente maior que os valores da respiração pós-deglutição detectada em G2 (720.55 ±121.6 1/√Hz) e em G3 (890.3±179.4 1/√Hz) (p<0.001). Não foi encontrada diferença entre G2 e G3 (p=0.999). Crianças com DOF apresentam tempo de duração da deglutição e do “Gap” maior do que crianças sem DOF. A DPE do segmento pós-deglutição com aspiração detectada pela ACD foi maior do que a DPE do segmento pós-deglutição com respiração subsequente. A ausculta cervical pode ser um recurso para a detecção de aspiração traqueal e um complemento à avaliação clínica fonoaudiológica à beira do leito.