Correlação entre aspiração laringotraqueal, resíduos faríngeos e escape oral posterior na disfagia orofaríngea neurogênica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Merola, Beatriz Novais [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181910
Resumo: Introdução: A disfagia orofaríngea neurogênica possui etiologias distintas e a aspiração laringotraqueal é considerada achado de risco co-dependente da sincronia entre vários fatores presentes na biomecânica da deglutição. Objetivo: Este estudo teve por objetivo correlacionar a penetração e/ou aspiração laringotraqueal com resíduos faríngeos e escape oral posterior na disfagia orofaríngea e comparar entre doenças neurológicas distintas. Método: Estudo clínico transversal. Realizada por dois juízes independentes a análise de 74 exames de nasoendoscopia de deglutição de indivíduos com diagnóstico de disfagia orofaríngea por doenças neurológicas distintas como Acidente Vascular Cerebral (AVC), Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) e Doenças de Parkinson (DP), independente do sexo, faixa etária de 32 a 96 anos e média de 65,53 anos. Para análise dos resultados os exames foram divididos em três grupos: o grupo 1 (G1) constou de 41 indivíduos com AVC (média de 68,75 anos), o grupo 2 (G2) de 16 com ELA (média de 57,18 anos) e o grupo 3 (G3) de 17 com DP (média de 72,52 anos). Realizada nasoendoscopia de deglutição nas consistências pastosa, líquida espessada e líquida, no volume de 5 ml, ofertados de uma a três vezes em colher. Para análise dos achados foi aplicada a Yale Pharyngeal Residue Severity Rating Scale (YPRSRS), a Penetration Aspiration Scale (PAS) e foi elaborada escala para mensurar escape oral posterior (EOP) com análise da primeira deglutição e da deglutição considerada ineficiente. Realizada concordância entre juízes por meio do Coeficiente de Concordância Kappa obtendo-se concordância que variou de moderada a forte. Aplicado teste de correlação de Spearman. Resultado: Na primeira deglutição foi encontrado correlação entre PAS e resíduos em seios piriformes (YPRSRSps) no G1 e entre PAS e resíduos em valécula (YPRSRSv) no G2. Na deglutição ineficiente houve correlação no G1 entre PAS e YPRSRSps, PAS e resíduos em valécula somados aos seios piriformes (YPRSRSv+ps) e PAS e número de deglutições. No G2 foi encontrada correlação entre PAS e YPRSRSv e PAS e YPRSRSv+ps. Não foi encontrada nenhuma correlação entre as variáveis no G3. Não foi encontrada correlação entre PAS e EOP. Conclusão: Houve correlação entre aspiração e resíduos faríngeos, porém essa relação foi dependente da etiologia da disfagia orofaríngea neurogênica e em qual deglutição a análise foi realizada.