Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Gruginskie, Claudete Lampert |
Orientador(a): |
Genro, Maria Elly Herz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/265334
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Resumo: |
Esta tese tem por objetivo analisar olhares e ações de mulheres em movimento para a formação de subjetividades políticas feministas na perspectiva do Bem Viver, no contexto da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) como universidade pública emergente. Esta é uma investigação qualitativa, descritiva e interpretativa das vivências de mulheres na universidade na relação com a luta social das mulheres/feminista, utilizando uma perspectiva feminista e hermenêutico-dialética. A tese toma por base os diálogos com dezesseis interlocutoras, professoras, estudantes, gestoras e ativistas ligadas à UFFS nos câmpus de Cerro Largo, Chapecó, Erechim, Laranjeiras do Sul, Passo Fundo e Realeza. Também se apoia em documentos da UFFS e de movimentos sociais, produções e intervenções conjuntas para contextualizar as ações das mulheres em movimento e compreender melhor as experiências relatadas pelas sujeitas. A análise do conteúdo das entrevistas se dá em aproximação ao método de interpretação de sentidos, identificando sentidos emergentes organizados em categorias, de acordo com eixos temáticos predefinidos: subjetividade política, feminismo, universidade pública e Bem Viver. Em cada um dos eixos, articulou-se o material empírico às contribuições teóricas de autoras e autores de referência. O eixo da subjetividade política investiga experiências em processos de formação ético-política que produzem inclinações feministas, destacando os espaços família, movimentos sociais e universidade pública. O eixo do feminismo enfatiza as perspectivas do feminismo comunitário e do feminismo popular camponês e convergências interseccionais e contra-hegemônicas no enfrentamento à conjunção de capitalismo, patriarcado e colonialismo. O eixo da universidade pública discute o papel social da universidade pública na construção de uma sociedade do Bem Viver, na relação entre descolonização, epistemologias do sul e pensamento de fronteira como orientações para a transformação das práticas formativas em universidades emergentes. O eixo do Bem Viver articula paradigmas comunitários de convivência entre humanidade e natureza à produção agroecológica e ao diálogo com a alteridade em um contexto de fronteira atravessado por lutas campesinas. Defendo aqui a tese de que as mulheres em movimento, conectadas com uma perspectiva popular camponesa e comunitária, acionam uma consciência social e política constitutiva de uma subjetividade potente, humanista, crítica e ético-política. Nos caminhos de participação, mobilização e ação, as mulheres em movimento contribuem com a (trans)formação de uma subjetividade política feminista que, em conexão com a universidade se potencializa acionando epistemologias feministas que tematizam a relação entre vida humana e meio ambiente, produzindo teoria na perspectiva do Bem Viver. |