Efeito de óleos essenciais em ovos e larvas de Plutella xylostella e no parasitoide Trichogramma pretiosum

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Souza, Júlia Pétra dos Santos
• Orientador(a): Jahnke, Simone Mundstock
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Óleo essencial; Controle químico; Praga de planta
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/278848

Os óleos essenciais (OEs) são oriundos do metabolismo secundário de plantas, apresentando compostos bioativos que podem ter atividade fungicida e inseticida, são produtos de baixo impacto ambiental e toxicidade em relação aos inseticidas sintéticos. Sua utilização associada a agentes de controle biológico, como himenópteros parasitoides, pode ser uma alternativa aos produtores, entretanto, pouco se conhece a respeito do efeito dos OEs sobre a traça-das-crucíferas e insetos benéficos. Desta forma, os objetivos deste trabalho foram avaliar os efeitos dos óleos essenciais de pimenta-rosa (OEST) Schinus terebinthifolius e eucalipto-cidró (OEEC) Eucalyptus citriodora sobre ovos e lagartas de Plutella xylostella (Lep., Plutellidae) e no parasitoide Trichogramma pretiosum (Hym.;. Trichogrammatidae), em testes de laboratório. Os insetos foram submetidos aos óleos de pimenta-rosa e de eucalipto nas concentrações de 0,5 e 1% e a água destilada (controle), todos com a adição do solvente Tween 80. Os tratamentos foram aplicados sobre ovos de P. xylostella (efeito ovicida) e em discos de couve-verde os quais foram ofertados a larvas de P. xylostella (efeito de deterrência e larvicida). A quimiotaxia do parasitoide T. pretiosum foi avaliada em olfatômetro de dupla escolha contrastando papeis filtro tratados com os OEs versus água destilada. Fêmeas de T. pretiosum foram expostas aos odores dos óleos para avaliar a mortalidade. Foram aplicados OEs em ovos de P. xylostella, antes ou após o oferecimento a fêmeas, sendo avaliadas a taxa de parasitismo e emergência dos parasitoides. Os ovos e larvas de P. xylostella tratados com OEs tiveram uma viabilidade menor e mortalidade maior, respectivamente, do que aqueles expostos ao controle. O consumo foliar foi, de forma geral, menor em discos tratados com os óleos em comparação aos com água. Fêmeas de T. pretiosum foram atraídas para voláteis de E. citriodora (0,5%) e não distinguiram os demais tratamentos do controle. O índice de parasitismo foi mais impactado com o tratamento dos ovos com os OEs antes do que após o parasitismo. A mortalidade de adultos expostos aos OEs ficou entre 3% e 6%, sendo os produtos considerados seletivos segundo a padronização da International Organisation for Biological Control. Os resultados demonstram que especialmente o óleo de E. citriodora é potencial ferramenta para controle de P. xylostella, sendo seletivo para T. pretiosum.