Sobrevivência ao câncer de mama em Porto Alegre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Rodrigues, Laura Clezar
Orientador(a): Ziegelmann, Patricia Klarmann
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/289806
Resumo: Introdução: O objetivo deste estudo é estimar a sobrevivência líquida em 5 anos de mulheres diagnosticadas com câncer de mama em Porto Alegre. Além disso, busca-se avaliar as taxas de sobrevivência líquida estratificadas por estágio TNM e faixa etária, comparando também as estimativas de sobrevivência global conforme o estadiamento clínico da doença. Método: Este estudo é uma coorte retrospectiva observacional baseada em dados secundários do Registro de Câncer de Base Populacional (RCBP) de Porto Alegre. Foram incluídas todas as mulheres diagnosticadas com câncer de mama (C50) entre 2016 e 2018, com idades entre 15 e 99 anos, sem critérios de exclusão, totalizando 1.699 pacientes. A sobrevivência líquida em cinco anos foi estimada pelo método de Pohar-Perme. Resultados: A taxa de sobrevivência liquida em 5 anos padronizada por idade para a população geral foi de 88,0% (IC95%: 84,9-91,1). Quando estratificada por faixa etária, mulheres mais jovens (15-40 anos) tiveram taxa de 85,2% (IC95%: 79,3-91,5), mulheres adultas (40-54 anos) taxa de 88,7% (IC95%: 85,6-92,0) e mulheres mais velhas (65+) taxa de 88,7% (IC95%: 79,3-91,5). Quando estratificada por estágio clínico e padronizada por idade, mulheres diagnosticadas em estágio localizado tiveram taxa de 95.0% (IC95%: 92.0%-98.0%), em estádio regional 77.0% (IC95%: 69.9%-84.8%) e em estágio metastático 48.0% (IC95%: 40.9%-56.3%). Conclusão: As taxas de sobrevivência líquida padronizadas mostraram padrões semelhantes aos de países com acesso adequado ao tratamento. Além disso, observou-se que a relação entre idade e sobrevivência não é linear, com menores taxas no grupo mais jovem (15-40 anos) e uma sobrevivência maior em pacientes com 65 anos ou mais. Diferenças entre sobrevivência global e líquida confirmam o ajuste populacional do estimador de Pohar-Perme, essencial para eliminar o efeito de mortalidade por outras causas e garantir estimativas mais precisas sobre o impacto real do câncer na sobrevivência dos pacientes.