Sobrevivência de mulheres com diagnóstico de Câncer de Mama no município do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Santos, Raíla de Souza
Orientador(a): Fonseca, Maria de Jesus Mendes da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/24547
Resumo: O câncer de mama representa um sério problema de saúde pública, tanto em relação ao aumento da incidência como ao número de óbitos entre mulheres, com predomínio de diagnóstico em fase avançada da doença em países em desenvolvimento como o Brasil. Objetivo Geral: Descrever as características clínico-epidemiológicas e a sobrevivência do câncer de mama em uma coorte de mulheres de 20 ou mais anos de idade tratadas em unidades públicas do município do Rio de Janeiro. Metodologia: Estudo de coorte não-concorrente, seguimento por meio do método de relacionamento probabilístico dos registros de mulheres com de câncer de mama. Considera-se sobrevivência a data de admissão no tratamento ambulatorial nos dados da Autorização de Procedimento de Alta Complexidade em Oncologia (período de 2000 a 2003) até a ocorrência da falha (morte) nos dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade ou até a censura (perda) por tempo de observação incompleto. O método de Kaplan-Meier e o modelo de regressão de Cox foram utilizados nas análises. Resultados: A probabilidade de sobrevivência global dessa coorte foi de 0,712. As variáveis significativas selecionadas para o modelo do grupo curável foram: idade (HR = 1.03), realização de hormonioterapia (HR = 0.67), quimioterapia (HR = 1.50), radioterapia (HR = 1.41) e cirurgia (HR = 0.1773), intervalo entre a data do diagnóstico e início do tratamento (HR = 1.38), unidade de atendimento ambulatorial (Mario Kroeff HR = 1.31). Para o modelo do grupo não curável idade (HR = 1.011), intervalo entre a data do diagnóstico e início do tratamento (HR = 1.11), realização de hormonioterapia (HR = 0.65), tratamento adjuvante (HR = 0.60) e cirurgia (HR = 0.28). Conclusão: idade, tratamento ambulatorial, realização de cirurgia foram as variáveis prognósticas independentes na sobrevivência desta coorte de pacientes. A realização desta pesquisa reforça a importância de trabalhar com as informações disponíveis nos serviços de saúde responsáveis pelo atendimento ao paciente com câncer de mama nos municípios, nos estados e no Brasil.