Saúde bucal e fatores associados na mudança da qualidade de vida em idosos sul brasileiros vivendo na comunidade : um estudo de coorte prospectivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Bidinotto, Augusto Bacelo
Orientador(a): Hilgert, Juliana Balbinot
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/125816
Resumo: Poucos estudos analisam a associação entre saúde bucal e qualidade de vida geral com um delineamento longitudinal. O objetivo do presente estudo foi avaliar se mudanças no estado de saúde bucal estiveram associadas com o declínio nos escores dos domínios do instrumento WHOQOL-bref. Este estudo longitudinal foi parte de uma coorte de idosos independentes vivendo no sul do Brasil. Uma amostra de 872 indivíduos com mais de 60 anos foi avaliada na linha de base em 2004. O seguimento aconteceu em 2012, sendo que a população para o presente estudo foi de 389 idosos. Entrevistas foram realizadas para coletar dados sociodemográficos, qualidade de vida (WHOQOL-bref) e sintomas depressivos (Escala de Depressão Geriátrica). Exames bucais com contagem de dentes foram realizados. Os participantes avaliaram sua satisfação com capacidade mastigatória e aparência oral. Riscos relativos foram estimados através de regressão de Poisson. Recuperação de sintomas depressivos foi um fator de proteção para declínio no escore dos domínios físico (RR 0,49 (0,30-0,80)), psicológico (RR 0,38 (0,20-0,73)), social (RR 0,52 (0,35- 0,76)) e ambiental (RR 0,31 (0,16-0,60)). No domínio físico, diminuição no número de doenças crônicas (RR 0,60 (0,40-0,88)) também esteve associado à qualidade de vida. Quanto ao domínio psicológico, melhora na satisfação com a capacidade mastigatória (RR 0,69 (0,50-0,97)) e perda dentária (RR 1,04 (1,02-1,06)) estiveram relacionados com o desfecho. No domínio social, morar na área rural (RR 1,11 (1,01- 1,23)) a aumento na satisfação com aparência bucal (RR 0,84 (0,72-0,98)) estiveram associados com a qualidade de vida. As mesmas variáveis estiveram associadas no domínio ambiental, a RR 1,24 (1,06-1,44) e RR 0,77 (0,61-0,97) respectivamente. Os resultados indicam que prevenir a perda dentária e reconhecer e tratar apropriadamente das necessidades do paciente no que diz respeito à capacidade mastigatória e aparência bucal pode ter impacto no bem-estar geral de idosos independentes.