Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Kopittke, Alberto Liebling |
Orientador(a): |
Ramos, Marilia Patta |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/211476
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Resumo: |
Este Tese tem por objetivo analisar a história e as principais características do Paradigma da Segurança Pública Baseada em Evidências e avaliar quais são as evidências científicas existentes no Brasil hoje sobre o que funciona e o que não funciona para reduzir homicídios, roubos e estupros no Brasil, através da primeira Revisão Sistemática já feita no país e na América Latina sobre a efetividade de programas de segurança pública. No primeiro capítulo é apresentado como a evolução do paradigma científico impactou o modelo de Gestão Pública, através das quatro fases da Revolução das Evidências descrita por White (2019), o capítulo seguinte descreve como essa revolução ocorreu na área de prevenção à violência e tem superado o Modelo Tradicional de Segurança Pública. Já o terceiro capítulo apresenta sistematiza as principais características dos programas exitosos, com base nas mais atualizadas evidências internacionais. O quarto capítulo analisa como a revolução das evidências vem ocorrendo na gestão pública brasileira e aspectos recentes na área de Segurança Pública. O quinto capítulo apresenta a metodologia e os resultados da Revisão Sistemática que realizamos utilizando a mesma metodologia do Relatório Maryland (Sherman et al, 1997), que em 1997 revisou os estudos já produzidos em língua inglesa e foi um marco na consolidação da Segurança Pública Baseada em Evidências. A Revisão resultou num total de 13.352 estudos analisados, dos quais 41 preencheram os critérios de inclusão, que propiciaram evidências sobre 24 tipos intervenções, sendo que oito delas se mostraram efetivas para reduzir homicídios e duas para reduzir roubos. Na mesma linha das evidências internacionais, os resultados brasileiros demonstraram que programas proativos, focados e integrados são muito mais efetivos que as ações reativas, sem foco, sem integração e sem preocupação com a legitimidade, como as ações tradicionalmente citadas no país como solução para a área. Embora de forma ainda tímida e atrasada em relação a outros países, demonstramos que a revolução das evidências na Segurança Pública já teve início no país, através de experiências pontuais e que o paradigma da Segurança Pública Baseada em Evidências possui um grande potencial para aumentar a efetividade do gasto público da área, auxiliar o país a reduzir a violência, consolidar sua democracia e superar processos de tomada de decisão baseados em crenças, corporativismos, preconceitos e populismos políticos. |