O manejo do pastejo em ambientes pastoris heterogênios : comportamento ingestivo e produção animal em distintas ofertas de forragem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Mezzalira, Jean Carlos
Orientador(a): Carvalho, Paulo Cesar de Faccio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/27115
Resumo: É de conhecimento que bovinos melhoram sua eficiência alimentar percebendo as qualidades do ambiente pastoril e adaptando seu comportamento ingestivo. Mas como ações de manejo, como o controle da oferta de forragem, afetariam essa interface? Nesse foco este trabalho primeiramente investigou as decisões tomadas por novilhas em pastejo sob diferentes ofertas de forragem e como estas decisões poderiam estar relacionadas às características do ambiente pastoril. Por fim, investigou-se como o manejo das ofertas de forragem poderia criar estruturas de vegetação peculiares que incrementem a produção animal individual e por área. Para tanto, quatro tratamentos de oferta de forragem, fixas ao longo do ano, foram testadas (4, 8, 12 e 16 kg de matéria seca/100 kg de peso vivo), além de três combinações de ofertas: 8% na primavera e 12% no verão/outono/inverno (VOI) (8-12%); 12% na primavera e 8% no VOI (12-8%); e 16% na primavera e 12% no VOI (16-12%), constituindo um delineamento experimental de blocos casualizados com duas repetições. Utilizaram-se quatro animais testers por unidade experimental (3 a 5 ha cada) em lotação contínua com carga variável. O período experimental foi de 27/04/2007 a 26/03/2008. O comportamento ingestivo foi observado em dois experimentos: final de inverno (experimento 1) e final da primavera (experimento 2). Para o comportamento ingestivo se avaliaram apenas as ofertas fixas, pois o objetivo foi relacionar a resposta pontual do comportamento ingestivo com a estrutura do pasto. Já as avaliações de desempenho foram realizadas tanto sob ofertas fixas quanto sob combinações de ofertas, visto que o objetivo do trabalho foi verificar a influência da alteração da oferta ao longo do ano sobre a produção animal individual e por área. Os resultados indicaram maior alteração do comportamento ingestivo no final do inverno, quando as estruturas do pasto são mais diferenciadas pela imposição do regime de ofertas. Sob menor oferta de forragem o animal aumenta a velocidade de bocados, o número diário de bocados e o tempo efetivo de colheita, além de diminuírem o número de passos entre estações alimentares, o ângulo de deslocamento e a seletividade em nível de estação alimentar. O aumento da oferta de forragem de 8% na primavera para 12% no outono/inverno/verão promoveu aumento de 35% no desempenho individual (0,342 kg/animal), além de promover aumento de 20% na produção por área (209 kg/ha de PV). Conclui-se que o monitoramento do comportamento ingestivo permite inferir sobre a qualidade do recurso forrageiro, suportando ações de manejo que visem obter produção animal de forma otimizada e responsável. A combinação de ofertas 8-12% promoveu melhor desempenho animal.