Manejo de ofertas de forragem em pastagem natural : estudo dos tipos funcionais e estabilidade de produção

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Jonatas Cezar da
Orientador(a): Carvalho, Paulo Cesar de Faccio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/252844
Resumo: Pastagens naturais são ambientes complexos capazes de proverem recursos produtivos e serviços ecossistêmicos, por tanto, se faz necessário o entendimento das complexidades da sua dinâmica vegetacional em estudos que considerem uma janela temporal capaz de identificar padrões e efeitos ao longo do tempo. O objetivo foi avaliar como as distintas ofertas de forragem, e as condições climáticas impostas pela variação das estações do ano interferem na morfogênese e no fluxo de biomassa de espécies de diferentes tipos funcionais. O segundo objetivo foi definir quais tratamentos de ofertas de forragem aplicados ao longo dos anos em pastagens naturais apresenta os melhores índices de estabilidade de produção vegetal e animal além dos potenciais produtivos mínimos e máximos. O experimento foi conduzido na Estação Experimental Agronômica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (EEA-UFRGS), em uma pastagem natural do Bioma Pampa no sul do Brasil. O experimento a campo ocorreu de 02 de janeiro de 2020 ha 18 de dezembro de 2020, onde foram escolhidas gramíneas com alta frequência e representantes dos tipos funcionais Axonopus affinis, Paspalum notatum, Andropogon lateralis (estrato inferior), Andropogon lateralis e aristida laevis (estrato superior). Os tratamentos consistiram em ofertas de forragem: 4, 8-12(8% na primavera e 12% no restante do ano) e 16% (kg MS para cada 100 kg PV animal). O delineamento foi em blocos completos casualizados, com duas repetições, com parcela subdividida e medida repetida no tempo. Adotou-se a técnica de perfilhos marcados para as avaliações morfogênicas. Para o segundo objetivo foram avaliados cinco indicadores: massa de forragem (kg MS por ha ̄1), produção total de forragem (kg MS por ha ̄1), taxa de lotação (kg de PV por ha ̄1), ganho de peso vivo diário (kg de PV por animal ̄1 por dia ̄1) e ganho de peso por área (kg de PV por ha ̄1). Foi utilizado um banco de dados de 2004 a 2021, totalizando 17 anos, onde se analisou o período de setembro a março (180 dias) considerado o de maior produção. O delineamento experimental foi organizado em blocos casualizados com duas repetições. O experimento contou com 5 tratamentos (4, 8, 8-12, 12 e 16 kg MS para cada 100 kg PV) esteve sempre em lotação continua com novilhos. Os resultados mostraram grande complexidade, havendo muitas interações entre espécie, ofertas de forragem e estações do ano. Por exemplo interação tripla entre estação, espécie e oferta de forragem (P=0.0143) para taxa de elongação foliar, interação entre oferta de forragem e estações do ano para taxa de senescência (P=0.0009), fluxo de crescimento (P<0.0001) e fluxo de senescência (P=0.0054). O balanço final do fluxo de biomassa foi negativo para todas as espécies, ofertas de forragem e estações do ano em estudo. Para estabilidade de produção o tratamento 8-12% mostrou que pressões de pastejo moderadas promovem a estabilidade entre produções animal e vegetal, indicando boa adaptabilidade, resistência e resiliência, além de proporcionar maiores índices produtivos.