Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Bierhals, Carla Cristiane Becker Kottwitz |
Orientador(a): |
Paskulin, Lisiane Manganelli Girardi |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/248483
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Resumo: |
Introdução: Cuidar de um idoso dependente no domicílio após Acidente Vascular Cerebral (AVC), associado à falta de orientação sobre como realizar as atividades de cuidado, pode afetar a qualidade de vida (QV) do cuidador familiar e levar o idoso a utilizar os serviços de saúde com maior frequência. A enfermagem exerce papel fundamental na educação desses pacientes e seus familiares, no momento da internação hospitalar, no preparo à alta e no domicílio. Objetivo primário: Avaliar o efeito de intervenção educativa domiciliar de enfermagem na qualidade de vida de cuidadores familiares de idosos após AVC. Objetivos secundários: Verificar a relação de intervenção educativa domiciliar de enfermagem na utilização dos serviços de saúde por idosos após AVC; Avaliar a percepção de qualidade de vida de cuidadores cônjuges e não cônjuges de idosos sobreviventes ao AVC. Métodos: Ensaio clínico controlado e randomizado (ECR) com cuidadores familiares de idosos após AVC. Integra ECR maior, denominado "Nursing Home Care Intervention Post Stroke (SHARE)". Após a alta hospitalar, os pacientes foram randomizados em grupo intervenção (GI) e em grupo controle (GC). O GI recebeu acompanhamento sistemático de enfermeiros, por meio de três visitas domiciliares (VDs), no período de um mês após a alta, para preparar os cuidadores quanto às atividades de vida diária do idoso, suporte emocional e orientações para a utilização dos serviços de saúde. O GC não recebeu as VDs e contou com o acompanhamento convencional na rede de serviços que tinha acesso. O desfecho QV do cuidador foi avaliado pelo instrumento WHOQOL-BREF e pelo módulo WHOQOL-OLD em 7 dias, 60 dias e um 1 após a alta. O desfecho utilização dos serviços de saúde pelos idosos foi avaliado por um instrumento elaborado ao estudo em 60 dias e 1 ano após a alta. As análises foram realizadas por intenção de tratar. Para comparar as características basais, foram utilizados o Teste T de Student ou teste U de Mann-Whitney, teste Qui-quadrado de Pearson ou Exato de Fisher. Para análise do efeito da intervenção nos desfechos, utilizou-se o modelo de Equações de Estimativas Generalizadas. Projeto aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (n. 16.0181). Registro no Clinical Trials NCT02807012. Resultados: Entre maio de 2016 e setembro de 2017, 48 participantes foram randomizados, sendo 24 alocados para o GC e 24 ao GI. Houve diferença estatisticamente significativa quanto à situação conjugal dos idosos do GC em relação ao GI (p=0,021). Os cuidadores do GI e do GC não apresentaram diferença significativa quanto às características basais. Não houve efeito de interação da intervenção entre o GC e o GI quanto à QV Geral (p=0,625) ao longo do tempo. Houve efeito significativo entre os grupos no domínio Relações Sociais (p=0,019), e na faceta Autonomia (p=0,004). O GI apresentou maior utilização do serviço ambulatorial hospitalar comparado ao GC (GI=100%, GC=78,3%, p<0,050) em 60 dias após a alta hospitalar. Cuidadores não cônjuges apresentaram menores escores no domínio das Relações Sociais em 7 dias (p<0,001) e 60 dias (p=0,005) após a alta. Conclusão: A intervenção apresentou efeito estatisticamente significativo na QV dos cuidadores familiares no domínio Relações Sociais e na faceta Autonomia. O GI apresentou maior uso do serviço ambulatorial hospitalar. Os cuidadores não cônjuges apresentaram pior percepção de QV no domínio Relação Sociais. Os achados revelam a importância de realizar intervenções educativas de enfermagem direcionadas tanto às atividades de cuidado, quanto ao suporte emocional do cuidador e acesso aos serviços de saúde após a alta hospitalar e retorno ao domicílio. |