Os fatos sociais do enfrentamento da alagação de 2015 em Rio Branco-AC

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Albuquerque, Raquel Eline da Silva
Orientador(a): Misoczky, Maria Ceci Araujo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/189975
Resumo: A cidade de Rio Branco foi fundada às margens do rio Acre. De seringal à porto comercial, de vila à capital do estado, sempre conviveu com a sazonalidade amazônica que alterna períodos de intensas chuvas, com cheias e enchentes que atingem os moradores mais próximos, e períodos de seca, com a necessidade de racionar o abastecimento de água. A relação da população com o rio, a disputa por locais de habitação e a relevância dos problemas ambientais na intencionalidade coletiva criam um campo de disputas que inclui situações de conflito e de cooperação, com uma decorrente produção social que se expressa na produção do espaço, nos modos de vida e no marco regulatório. Em 2015, ocorreu a maior cheia do Rio Acre, que chegou a atingir 1/3 do território da cidade e demandou a cooperação entre atores sociais para o auxílio da população atingida. Além disso, colocou em questão a necessidade de ações de planejamento e políticas urbanas para enfrentar eventos futuros. Para compreender a produção social deste fenômeno, é preciso considerar os atores sociais e os interesses em disputa. Atores tais como a administração municipal e o governo estadual, Ministério Público, associações de moradores, grupos empresariais, especuladores da renda da terra, se encontram em um jogo que envolve relações que vão do conflito à cooperação, produzem fatos sociais e visam, em última instância, configurar um marco regulatório e uma política urbana que contemple seus propósitos. O uso da Teoria da Produção Social, desenvolvida por Carlos Matus, permitiu compreender, a partir da análise de atores e dos recursos de poder que mobilizam, dos fatos que produzem na interação social e das acumulações que se consolidam, as tendências da produção social relacionadas a esse problema.