Efeitos da administração de fitoterápicos contendo glycine max (L.) Merr durante o período de organogênese em ratas wistar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Bortolini, Carlos Eduardo
Orientador(a): Mello, Joao Roberto Braga de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/16327
Resumo: A isoflavona é uma substância natural, com atividade estrogênica, amplamente distribuída no reino vegetal. As concentrações destes compostos são relativamente maiores nas leguminosas e, em particular, na soja (Glycine max). Sendo que as principais isoflavonas encontradas na soja e seus derivados são a genisteína, a daidzeína e a gliciteína. A soja e seus constituintes são consumidos em níveis elevados por várias populações asiáticas há séculos, sem qualquer efeito adverso aparente. Porém, a preocupação levantada a partir dos potenciais efeitos adversos da atividade estrogênica das isoflavonas, requer diversos estudos de segurança com o uso das preparações fitoterápicas contendo soja, Glycine max (L.) Merr. O presente trabalho avaliou os efeitos da administração de uma formulação fitoterápica contento Glycine max (L.) Merr., durante o período de organogênese em ratas Wistar. As ratas foram tratadas, por via oral durante o 6° ao 15° dia de gestação. Os grupos estudados receberam: 1,72 mg/kg/dia (OSI); 8,60 mg/Kg/dia (OS2) e 17,20 mg/kg/dia (OS3) da uma formulação fitoterápica (Soyfeme®),o grupo controle negativo (OC-) o veiculo (água destilada) e o grupo controle positivo (OC+) 4,27 mg/kg de isoflavonas (aproximadamente 45% de genisteína, 23% de daidzeína e 4% de gliciteína). Foi avaliada a toxicidade materna e a embriofetotoxicid.ade. Os resultados revelaram toxicidade materna mínima. Na avaliação do consumo diário de ração das progenitoras foi evidenciando diferença estatisticamente significativa (p<0,05) no consumo de ração no 21° dia de gestação: OC+ (7,42g ±1,01),OSl (7,40g:t 0,94), OS2 (7,44g ± 1,49) e OS3 (7,48g ± 1,25), quando comparados ao OC- (6,46g ± 1,85).No entanto, a mesma diferença não foi identificada na avaliação do ganho relativo de massa corporal materna (p>0,05). Porém, na avaliação do peso corporal individual dos filhotes o grupo OS3 (4,81 ± 0,41) demonstrou diferença estatisticamente significativa (p<0,05), em relação aos demais grupos: OC- (5,18 ± 0,44); OC+ (5,13 ± 0,54); OS 1 (5,00 ± 0,43); OS2 (5,07 ± 0,67). As progenitoras também apresentaram alteração macroscópica na parede uterina representadas como petéquias: OC- (0/12); OC+ (0/12); OSI (0/12); OS2 (7/12) e OS3 (9/12), evidenciando diferença estatisticamente significativa (p<0,05). Os filhotes expostos à formulação comercial e à mistura de isoflavona demonstraram alterações macroscópicas externas através de hematomas cutâneos os quais não ocorreram na mesma proporção (p<0,05) entre os grupos: GC- (0/122), GC+ (23/1 17), GSI (23/12 I ), GS2 (20/109), GS3 (40/121), maior ocorrência de variantes esqueléticas evidenciando diferença estatisticamente significativa (p<O,05): GC- (15,57/122), GC+ (18,80/117), GS1 (35,53/121), GS2 (37,61/109), GS3 (42,14/121) e retardo no desenvolvimento de centros de ossificação evidenciando diferença estatisticamente significativa (p<0,05) em relação aos grupos controles: GC- (15,57/122), GC+ (18,80/117), GSl (35,53/121 ), GS2 (37,61/109), GS3 (42,14/121). Desta forma, sugere-se que esta formulação fitoterápica, contento Glycine max (L.) Merr., pode alterar a gestação das remeas tratadas; entretanto, não apresenta potencial para má-formações ósseas até 17,20 mg/kg/dia, em ratos Wistar.