Nacionalismo e pan-africanismo na África pós-independência: os casos de Gana e Tanzânia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Faustini, Eduardo Marquezin
Orientador(a): Pereira, Analúcia Danilevicz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/242268
Resumo: A construção dos Estados africanos no pós-independência contou com inúmeras influências, entre as quais se destacam o pensamento pan-africanista e o “socialismo africano”. O pan-africanismo, inicialmente um movimento criado pelos africanos da diáspora para reivindicar direitos políticos, ganhou uma nova dinâmica no contexto da luta anticolonial. Ele passou a informar a atuação de líderes nacionais, que enxergaram na integração regional do continente um caminho para a promoção do desenvolvimento e superação dos problemas decorrentes do colonialismo. No entanto, o ambiente no qual eles buscaram realizar suas aspirações foi marcado pelas necessidades de acomodação dos diversos grupos e interesses dentro dos Estados independentes, isto é, pelos desafios da construção e consolidação da nação. Era necessário, em um curto espaço de tempo, edificar uma comunidade nacional e encontrar as ferramentas para garantir a legitimidade do novo governo. Nesse contexto, alguns líderes africanos passaram a defender a política do “socialismo africano”, que combinava elementos do nacionalismo desenvolvimentista, com o socialismo, o neutralismo e o resgate de elementos tradicionais africanos. Dessa forma, o problema de pesquisa do presente trabalho trata da relação complementar entre pan-africanismo, nacionalismo e “socialismo africano”. O pan-africanismo era uma ideologia aliada ao nacionalismo para a consolidação regional dos novos Estados. O “socialismo africano”, por sua vez, informou as políticas domésticas, oferecendo uma ideologia de desenvolvimento e de organização política. A fim de demonstrar essa relação complementar foram realizados dois estudos de caso: Gana durante o governo de Kwame Nkrumah (1951-1966) e Tanzânia durante o governo de Julius Nyerere (1961-1985).