Agentes virais potencialmente associados à síndrome multisistêmica do definhamento dos suínos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Cibulski, Samuel Paulo
Orientador(a): Roehe, Paulo Michel
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/55973
Resumo: Com os avanços recentes nos métodos de detecção de patógenos, a importância das doenças polimicrobianas tornou-se mais evidente e a identificação de interações de patógenos e seus mecanismos de potenciação de enfermidades se tornou um tema de grande interesse. O circovírus suíno tipo 2 (PCV2) está associado a várias síndromes, tais como a síndrome multissistêmica do definhamento dos suínos (SMDS), a síndrome da dermatite e nefropatia dos suínos (SDNS), o complexo das doenças respiratórias dos suínos (CDRS), falhas reprodutivas e tremores congênitos, coletivamente chamadas “doenças associadas ao circovírus suíno tipo 2” (PCVAD), e que, além do PCV2, podem apresentar diferentes graus de envolvimento de outros agentes. Dentre estas, a SMDS é a que apresenta maior impacto na cadeia produtiva de suínos. Sendo a SMDS uma doença multifatorial e polimicrobiana, estudos buscando identificar associações do PCV2 com outros patógenos são importantes. No presente trabalho foram desenvolvidos ensaios moleculares para a detecção de alguns agentes cuja potencial participação nas PCVAD não havia ainda sido estudada com maior profundidade. Dessa forma, o citomegalovírus suíno (PCMV) e os recém-identificados bocavírus suínos do tipo 1, 2, 3 e 4 (PBoV1-4) foram pesquisados em amostras de animais afetados ou não pela SMDS, em diferentes faixas etárias. O PCMV foi detectado em altas taxas em ambos os grupos de animais, afetados ou não pela SMDS, sendo que nenhum tipo de associação com a SMDS pode ser inferida quanto à detecção de genomas de PCMV e o desenvolvimento da síndrome. A detecção de genomas de PBoV2 e 3 foi associada com animais afetados pela SMDS, enquanto nenhum tipo de associação foi inferida com a detecção de genomas de PBoV1 e do PBoV4. Animais afetados pela síndrome apresentam frequência de detecção e carga viral de PBoV2 significantemente superior à frequência encontrada em animais saudáveis com idade equivalente, revelando uma associação positiva entre PBoV2 e a SMDS. Por outro lado, animais adultos possuem uma carga viral significativamente superior a dos animais jovens sem sinais clínicos de SMDS. Os resultados obtidos possibilitaram detectar, pela primeira vez, os quatro tipos PBoV em amostras de suínos no Brasil. Paralelamente, esse estudo mostrou, pela primeira vez, a presença de genomas circulantes de PBoV1, PBoV2 e PBoV4 em animais adultos clinicamente saudáveis. Além disso, permitiu sugerir uma possível associação entre SMDS e PBoV2 e PBoV3, mostrando que mais estudos devem ser realizados para elucidar tal associação.