Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Faustino, Graciele Oliveira |
Orientador(a): |
Karnopp, Lodenir Becker |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/230855
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Resumo: |
A tese aborda a temática da educação de surdos, inclusão e modos de subjetivação. Para tanto, traz-se como pergunta de pesquisa: como as experiências escolares em contextos educacionais inclusivos são narradas por alunos surdos? A partir dessa questão, o objetivo principal é analisar narrativas de experiências escolares de surdos em contextos educacionais inclusivos. Foram elencados, portanto, os seguintes objetivos específicos: descrever como ocorre a inclusão de alunos surdos em uma escola polo da rede estadual de ensino e no Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez (CAS) de Maceió/AL; investigar sobre a inclusão escolar dos alunos surdos, junto a educadores vinculados a essas instituições; discutir sobre os modos de ser surdo, conforme as narrativas de experiências de surdos, em contextos escolares inclusivos. A pesquisa foi realizada em Maceió/AL e contou com a participação de 21 alunos surdos. A produção dos materiais de pesquisa se deu por meio de entrevistas-narrativas com os alunos e de busca de informações com outros atores educacionais da escola polo e do CAS. Sob a ótica dos estudos foucaultianos e estudos surdos em Educação, recorre-se às noções de matriz de experiência e subjetivação como ferramentas teórico-conceituais, para pensar a produção dos modos de ser surdo. Para a análise das narrativas dos alunos, pensando na constituição do sujeito por intermédio das tecnologias, volta-se à discussão sobre Tecnologias do eu e Educação, como forma de analisar os processos de subjetivação engendrados na e no entorno da escola. Por meio das narrativas, os alunos sinalizaram alguns aspectos de sua escolarização, a destacar: 1) como eles se veem e são vistos em alguns espaços; 2) os distanciamentos e aproximações com a língua de sinais; 3) memórias e marcas de suas trajetórias escolares; e 4) pequenos movimentos de crítica e autocrítica. Assim sendo, pela perspectiva de que os alunos surdos apresentam, em suas narrativas, exercícios de autorreflexão sobre suas relações com os espaços inclusivos e põem em questão o que está sendo instituído como inclusão escolar, apresenta-se a tese de que o sujeito surdo incluído se constitui e é constituído a partir de práticas inclusivas, que operam segundo um governamento educacional, em que é possível destacar a experiência surda como possibilidade de resistência à compreensão da política educacional de inclusão escolar. |