Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Amaral, Carla Giane Fonseca do |
Orientador(a): |
Loponte, Luciana Gruppelli |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/111889
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Resumo: |
Esta pesquisa insere-se no contexto do ensino tecnológico e tem como inquietações iniciais os diferentes movimentos provocados pela presença de intervenções artísticas realizadas por alunos em um campus de um Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul. Ao observar os tensionamentos referentes à presença da arte nessa escola, percebeu-se que alguns docentes apresentavam certo tipo de resistência ou desconfiança com relação a tais atividades. Para entender os movimentos que a arte provoca nesse ambiente dedicado ao ensino de técnicas para o mercado de trabalho, desenvolveu-se esse estudo com o objetivo de investigar os possíveis deslocamentos na docência no ensino tecnológico, a partir da relação desses docentes com a arte, em especial com práticas artísticas contemporâneas. A questão central da pesquisa pretendeu entender que deslocamentos a arte, em especial a arte contemporânea, pode provocar para a docência no ensino tecnológico. O referencial teórico é centrado em diversos autores: Friedrich Nietzsche, com sua valorização da arte como potência para a vida, fazendo acreditar em sua potência para a formação docente; Nadja Hermann, com estudos a respeito da contribuição da experiência estética para a educação, permitindo pensar sobre a possibilidade de uma educação estética na Educação Profissional e Tecnológica; Michel Foucault, com a noção de deslocamento, auxilia a problematizar os movimentos provocados pelas práticas artísticas contemporâneas nesse campo; Luciana Loponte, com o conceito de docência artista, questiona as possíveis brechas para um processo contínuo de invenção de si mesmo entre os docentes da EPT. A pesquisa tem uma abordagem qualitativa e realizou-se a partir da produção de dados com aplicação de questionários aos docentes da escola durante exposição de práticas artísticas e, em outro momento, enquanto era feita exibição de vídeos artísticos no saguão da instituição. Como estratégias metodológicas, também foram realizadas entrevistas com docentes de variadas formações, entrecortadas por reproduções de obras de arte. Além disso, foi feita análise de documentos a respeito do ensino de arte na escola pesquisada e levantamento bibliográfico a respeito da trajetória do ensino profissionalizante no Brasil e da formação docente para esse sistema de ensino. O estudo destaca diversos deslocamentos na relação entre os professores da EPT e a arte: a necessidade de formação continuada que aparece nos relatos dos docentes é problematizada a partir de suas formações iniciais; a reação às práticas artísticas na escola se relaciona com a abertura dos docentes à arte na vida cotidiana e com as concepções de arte que circulam nesse cenário; a formação inicial dos docentes não parece ser determinante para a forma como se relacionam com a arte; está se instaurando um processo de abertura às experiências estéticas na escola pesquisada e a docência artista já se faz presente na atuação profissional de alguns docentes que da EPT. A pesquisa reforça as discussões a respeito das relações entre a arte contemporânea e a formação docente, apontando o potencial da arte para a criação de alternativas de formação continuada a partir dos questionamentos trazidos pelas produções artísticas contemporâneas a esse sistema de ensino. |