Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Silva, Cristiane Oliveira da |
Orientador(a): |
Susin, Loredana |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/72608
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Resumo: |
Em uma sociedade regida pelo discurso da ciência, percebe-se a marcante presença dos conhecimentos científicos nos diferentes meios de comunicação e nos diversos espaços de divulgação, como revistas, jornais, televisão, internet, exposições e museus. Nesse contexto, propostas relacionadas ao educar cientificamente os cidadãos têm ultrapassado as fronteiras escolares, sendo percebidas também no contexto dos espaços educacionais não formais. Essa tendência à popularização científica nos faz questionar sobre o quanto a ciência está sendo imposta na sociedade como uma verdade única e incontestável, sobretudo através dos discursos midiáticos. Dessa perspectiva, esse estudo teve por objetivo investigar e analisar os modos de divulgação e ensino-aprendizagem dos conhecimentos científicos na articulação entre pedagogia, cultura e mídia, pensando os modos de ensinar/aprender ciência a partir da escola, dos recursos midiáticos e do contexto sociocultural em que a sociedade atual se insere. Para tanto, foi desenvolvida uma pesquisa qualitativa, caracterizada como um estudo de caso de cunho etnográfico voltado à educação, cuja realização se deu através de observações participantes em aulas de Ciências e de projetos de investigação, em duas turmas de 7ª série do Ensino Fundamental de uma escola pública federal. Em um primeiro momento, apresentamos um olhar histórico sobre a construção do pensamento científico e a divulgação da ciência, abordando algumas relações entre ciência, sociedade e educação. Na sequência, exploramos algumas argumentações teóricas acerca de estratégias e efeitos de educar cientificamente os cidadãos mediante práticas discursivas processadas em diferentes instâncias, como a escola e a mídia. Posteriormente, abordamos a existência de variadas pedagogias culturais no processo de divulgação e ensino-aprendizagem dos conhecimentos científicos. Percebemos que alunos e professores incorporavam em suas falas e comportamentos diversas marcas do discurso da divulgação científica – principalmente da mídia televisiva –, como a espetacularização da ciência, a publicização da vida privada e a preocupação com fatores de risco. Além disso, observamos a legitimação do discurso da ciência e o mito da “verdade” científica. Em um último momento, discutimos os efeitos da inserção de laptops educacionais no cotidiano da escola investigada. Percebemos a importância da interatividade e da colaboração entre professor e aluno durante as atividades propostas, de modo que os princípios pedagógicos não permanecessem em uma lógica unidirecional de transmissão do conhecimento. Os estudos e análises que compõem essa dissertação nos apontam para a necessidade de se olhar criticamente para outras configurações que estão em funcionamento nas escolas, as quais são atravessadas e se articulam a novas formas de cultura e de relações sociais que estão sendo interpeladas, sobretudo, pelos discursos científicos e midiáticos. |