O papel do desenvolvimento da produtividade do trabalho no processo histórico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Esswein, Lutiero Cardoso
Orientador(a): Pertille, José Pinheiro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/194656
Resumo: Esta dissertação consistirá em uma defesa de que, para Marx, a contradição das relações de produção até então vigentes em uma época histórica com as forças produtivas pode ser compreendida no sentido de que estas relações deixaram de ser uma forma possível de organização da produção social e que, portanto, elas devem ser necessariamente substituídas por outras relações de produção. Como justificativa para este sentido da contradição, sustentaremos que ele se encontra presente na investigação que Marx realiza das relações de produção capitalistas em O Capital e nos Grundrisse. Será defendido que a controversa lei da queda tendencial da taxa de lucro, que foi concebida por Marx no terceiro volume de O Capital, estabelece um movimento necessário de queda da taxa de lucro média do capital global ou, em outros termos, dos diversos capitais da sociedade; e que esta queda da taxa de lucro, que se realiza num período de tempo longo, impõe um limite histórico para a continuidade das relações de produção capitalistas como a forma da organização da produção social. Buscaremos sustentar também este sentido para a contradição das relações de produção com as forças produtivas em um trecho extraído dos Grundrisse, para o qual apresentaremos uma interpretação segundo a qual o desenvolvimento das forças produtivas, no interior das relações de produção capitalistas, ao implementar a automação nos processos produtivos, produz a impossibilidade de que relações de produção baseadas na exploração do trabalho excedente sejam possíveis.