Formas e balanço de potássio no solo em sistemas integrados de produção agropecuária de terras baixas e terras altas no sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Flores, João Pedro Moro
Orientador(a): Tiecher, Tales
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/233142
Resumo: O sul do Brasil possui uma grande variabilidade de solos utilizados para exploração de atividades agropecuárias. Em solos de terras altas predomina o monocultivo de soja e em solos de terras baixas o monocultivo de arroz irrigado. Em ambas as situações, o uso de sistemas integrados de produção agropecuária (SIPA) pode ser uma alternativa visando diversificar os sistemas de produção e promover maior ciclagem e aproveitamento do potássio (K). À medida em que a concentração da forma trocável de K do solo decresce, devido a absorção do K na solução pelas plantas, ocorre uma depleção das formas não trocáveis e estruturais, chamadas de potencialmente disponíveis, reestabelecendo o equilíbrio no sistema. No entanto, o potencial de contribuição dessas frações para suprir a demanda dos cultivos é frequentemente negligenciado em estudos de fertilidade do solo, especialmente naqueles envolvendo SIPA. O objetivo desse estudo foi quantificar as formas de K no solo e estimar o balanço de K sobre diferentes SIPA, com base na produção de soja em terras altas e arroz irrigado em terras baixas. Dois estudos foram conduzidos em diferentes locais do Rio Grande do Sul, Brasil. O experimento em terras altas foi desenvolvido num Plintossolo em Eldorado do Sul, e se baseia no monocultivo de soja com duas estratégias de fertilização de K, no verão ou no inverno, além da presença ou não de pastejo ovino em azevém no período de inverno. O experimento em terras baixas foi desenvolvido num Planossolo em Cristal, e testa diferentes arranjos de produção de arroz, envolvendo sistemas de semeadura, pastejo animal, rotação de culturas e épocas de fertilização de K. As formas de K avaliadas foram: disponível (extraído com Mehlich-1), trocável (extraído com acetato de amônio), não trocável (extraído com tetrafenil borato de Na), estrutural (obtido pela diferença entre o K não trocável e K total) e total (estimado por fluorescência de raio X). As formas potencialmente disponíveis de K, não trocável e estrutural, foram mais sensíveis que o K trocável e disponível para detectar a variação decorrente da adubação, sistema de manejo, rotação de culturas e pastejo animal. No ambiente de terras baixas, a quantidade adicionada de K e a frequência de cultivo de arroz por inundação, afeta diretamente as formas não trocável e estrutural e total no solo. A maior frequência de cultivo de arroz no verão acompanhada do cultivo de forrageiras fertilizadas no período de inverno resultaram em um balanço de K mais negativo, enriquecendo as frações potencialmente disponíveis de K no solo. No ambiente de terras altas, o pastejo animal não propicia alterações das formas de K no solo. Porém a utilização de adubação de sistemas em detrimento a adubação convencional propiciou o acúmulo momentâneo de K na forma não trocável no solo.