Desfechos maternos em gestantes e puérperas com síndrome respiratória aguda grave durante a pandemia de covid-19 de 2020/2021 no Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Rego, Cibeli Oliveira da Cunha
Orientador(a): Faccini, Lavinia Schuler
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/263361
Resumo: Introdução: O novo Coronavírus (SARS-CoV-2) é o agente etiológico da doença COVID-19, caracterizada por sintomas respiratórios leves até a síndrome respiratória aguda grave (SRAG). Sabe-se que as gestantes e puérperas são mais suscetíveis a infecções virais, portanto a exposição a vírus durante a gestação é sinônimo de alerta visto à possibilidade de desfechos obstétricos e neonatais desfavoráveis. As publicações sobre as implicações do SARS-CoV-2 sob os desfechos obstétricos e neonatais no estado do Rio Grande do Sul (RS) ainda são escassas e necessitam de investigações, a fim de compreender a influência do vírus na saúde materno-fetal. Objetivo: Avaliar o impacto da infecção por SARS-CoV-2 nos desfechos maternos de mulheres grávidas durante a pandemia de 2020/2021 no RS. Metodologia: Estudo de coorte retrospectivo. Os dados foram extraídos do banco da Síndrome Respiratória Aguda Grave do Ministério da Saúde. Foram incluídas gestantes e puérperas residentes no RS, internadas com diagnóstico SRAG causada pela infecção pelo SARS-CoV-2 e por outros agentes etiológicos, no período de março de 2020 a dezembro de 2021. As variáveis analisadas foram idade, trimestre gestacional, cor de pele declarada, presença de comorbidades (excluindo gravidez), sintomas, necessidade de suporte ventilatório, resultados do exame de imagem, admissão em UTI e desfechos dos casos. Foram feitas análises espaciais sobre os c casos e óbitos no RS. Resultados: O número de mortes de gestantes e puérperas aumentou no período analisado. Puérperas com COVID-19 necessitaram de internação em UTI com maior frequência (35,6%). Mulheres com COVID-19 passaram mais dias em cuidados intensivos, com destaque para as não-grávidas (14,7 dias). A macrorregião Sul (R5) apresentou maior número de casos e de óbitos em gestantes e puérperas. Conclusões: Os achados indicam a importância da investigação cuidadosa frente às diferenças regionais do RS. Observamos diferenças regionais no estado, principalmente nos desfechos dos casos de infecção por SARS-CoV-2. Os piores desfechos foram observados na população acometida por SRAG decorrente da COVID-19, em especial puérperas e mulheres não-grávidas.