A política e o internacional : atuação dos governos brasileiros na temática de gênero (1995 – 2015)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Vaz, Francine Magalhães
Orientador(a): Moritz, Maria Lucia Rodrigues de Freitas
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/213045
Resumo: O presente trabalho visa analisar o histórico do posicionamento brasileiro em relação à abordagem das temáticas de gênero nos discursos de abertura das Assembleias Gerais das Nações Unidas (AGNUs) desde o marco da Conferência de Beijing (1995). Para dar conta dessa proposta, analisa-se a relatoria comunicada pelo Governo brasileiro em 2015 à Organização das Nações Unidas através do Informe Beijing+20 (2011-2015). Parte-se da premissa de que houve uma ampliação das temáticas de gênero durante o Governo Dilma Rousseff (2011/2016), comparado aos antecessores. Para efetuar essa análise, utiliza-se a noção de gênero como categoria de análise (SCOTT, 1995), em uma abordagem da desigualdade entre homens e mulheres e da não neutralidade da perspectiva de gênero (PHILLIPS, 2001) em ações internacionais. Considera-se o seu contexto de inserção em um sistema de representação masculino, moldado a fim de perpetuar a continuidade do patriarcado (SAFFIOTI, 2009). Além disso, também é utilizada a discussão da autora Cynthia Enloe (2000) de que o internacional é político, tendo em vista a percepção de que as ações de política internacional devem observar o âmbito doméstico e privado e, principalmente, da participação ativa das mulheres na construção de tais políticas. Para realizar a análise descrita foi levantado em quais contextos a palavra mulher foi inserida nos discursos dos Presidentes ou representantes de Estado nos pronunciamentos de abertura das AGNUs e nos relatos do Informe Beijing+20. Obteve-se, dessa ação, dados qualitativos que corroboraram a hipótese inicial, ressaltando-se que a representação feminina em espaços de poder influenciaram também as ações de política externa voltada às mulheres, ainda que não de maneira a consolidar uma política externa feminista (SALOMÓN, 2016).