Densitometria óssea e fosfatasemia alcalina esquelética em crianças e adolescentes com colestase crônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1995
Autor(a) principal: Vieira, Sandra Maria Gonçalves
Orientador(a): Silveira, Themis Reverbel da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/197996
Resumo: Osteopenia pode acometer tanto adultos quanto crianças e adolescentes com colestase crônica. Os estudos envolvendo a faixa etária pediátrica são escassos e dependem de métodos indiretos de avaliação do metabolismo ósseo, desde que existem restrições à realização de biópsia óssea nesta faixa etária. A densitometria óssea de dupla emissão com fonte de raios X é atualmente, o melhor método radiológico de determinação da densidade óssea mineral já devidamente validado para utilização em crianças. A determinação da fosfatase alcalina esquelética, enzima abundante nos osteoblastos (células que sintetizam a matriz óssea) é um bom marcador bioquímica da formação óssea. Os objetivos gerais deste estudo foram determinar a densidade óssea mineral de crianças e adolescentes com colestase crônica, por densitometria óssea de dupla emissão com fonte de raios X, a atividade de fosfatase alcalina esquelética e estudar as eventuais relações destas variáveis com tempo de colestase, estado nutricional, provas de "função" hepática e concentrações séricas de cálcio, fósforo e magnésio. A pesquisa foi dividida em dois estudos: bioquímica e radiológico. Na etapa bioquímica, dois métodos de determinação da atividade da fosfatase alcalina esquelética foram testados quanto às suas exatidão e precisão: os métodos da precipitação por lectina e da inativação pelo calor. Posteriormente, foi determinado o melhor método e procedeu-se aos estudos de correlação entre atividade da enzima, estado nutricional, provas de ''função" hepática e concentrações séricas de cálcio, fósforo e magnésio. Participaram deste estudo 32 crianças com idade variando de 0,5 a 18 anos. Na etapa radiológica, determinou-se a densidade óssea mineral de 20 crianças com idade variando entre 3 e 18 anos, utilizando-se o método de densitometria de dupla emissão com fonte de raios X. A exemplo do estudo bioquímico, foram realizados estudos de correlação entre densidade óssea mineral, avaliação nutricional, provas de "função" hepática, concentrações séricas de cálcio, fósforo e magnésio e atividade de fosfatase alcalina esquelética. O método da inativação pelo calor para determinação da atividade da fosfatase alcalina esquelética, à incubação das amostras a 56º C por 1 O minutos foi superior ao método da precipitação da lectina de germe de trigo. Hiperfosfatasemia alcalina esquelética foi observada em 97% dos pacientes estudados, não havendo correlação estatisticamente significativa entre atividade desta enzima, estado nutricional, provas de "função" hepática e concentrações séricas de cálcio, fósforo e magnésio. Todos os pacientes apresentaram diminuição da densidade óssea mineral, entretanto nenhuma correlação, pode ser observada entre estes resultados, atividade da fosfatase alcalina esquelética e os demais parâmetros estudados. Conclui-se que: (1) Para determinação da atividade da fosfatase alcalina esquelética, o método da inativação pelo calor à incubação das amostras a 56ºC por 1 O minutos foi um método simples, exato e preciso. (2) Hiperfosfatasemia alcalina esquelética e osteopenia foram comuns a 97% dos pacientes estudados. Nenhuma correlação estatisticamente significativa foi observada entre estes resultados e tempo de colestase, testes de ''função" hepática e concentrações séricas de cálcio, fósforo e magnésio.