Estudos dos ciclones explosivos ocorridos entre 2010 e 2020 no Atlântico sul sob a ótica de dois esquemas de detecção

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Andrade, Hugo Nunes
Orientador(a): Alves, Rita de Cássia Marques
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/282541
Resumo: Os ciclones explosivos são eventos do tempo com elevado poder destrutivo, especialmente quando ocorrem próximo às áreas costeiras. Neste trabalho, buscou- se analisar os casos de ciclones explosivos ocorridos no Atlântico Sul, de 2010 a 2020, sob a ótica de dois métodos distintos; método observacional (MOBS) e método automático (MAUT). O primeiro baseia-se na análise visual dos campos de pressão ao nível do mar aliada a funções para identificação dos mínimos locais, utilizando o software Grid Analysis and Display System (GrADS). O segundo usa uma função chamada mfhilo do software OpenGrADS, que mostra os mínimos de Pressão ao Nível Médio do Mar (pnmm) na grade, empregando laplaciano, magnitude e um percentil. Para manipulação dos dados, dois algoritmos em shell são usados: um para traçar as trajetórias dos ciclones, conforme uma área fixa definida previamente, e outro para separá-los em explosivos. A análise dos casos pela metodologia do MOBS mostra que há uma média de 25 casos por ano no Atlântico Sul, com 271 casos identificados no total, sendo o inverno a estação com maior frequência. Os ciclones seguem o deslocamento preferencial de noroeste para sudeste. Há uma tendência de que, conforme a intensidade do ciclone explosivo aumenta, sua trajetória fica menos zonal e apresenta maior impacto nas áreas costeiras do Rio Grande do Sul e Uruguai. Pela metodologia do MAUT, dos 2705 casos analisados, 379 são explosivos. Há uma média de aproximadamente 34 casos por ano. Mostrou-se que há um claro padrão de sazonalidade na distribuição dos sistemas ao longo das regiões ciclogenéticas da América do Sul, de modo que no verão concentram-se nas altas latitudes, enquanto no inverno e primavera agrupam- se próximos das regiões costeiras do sul do Brasil e da costa uruguaia. Os campos compostos revelaram que os ciclones explosivos iniciam de acordo com o modelo clássico de Bjerknes e Solberg e, próximo ao final da fase explosiva, tendem a se tornarem do tipo Shapiro-Keyser, especialmente os moderados e intensos. Os movimentos verticais apareceram mais significativos no início da fase explosiva. Além disso, observou-se que os ciclones explosivos intensos fazem a transição do lado equatorial do jato em altos níveis para o lado polar. Essa última característica é mostrada também no caso mais intenso analisado.