Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Conrado, Eduardo Traversi de Cai |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/14/14133/tde-12112024-122904/
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Resumo: |
Ciclones tropicais são sistemas de escala sinótica que possuem núcleos quentes e causam fortes ventos em superfície, sendo mais frequentes em baixas latitudes. Sua ocorrência no Atlântico Sul é inibida pela temperatura do mar mais fria e pelo forte cisalhamento vertical do vento. Entretanto, o desenvolvimento do furacão Catarina de 2004, dos ciclones tropicais Iba em 2019 e Akará em 2024 geraram dúvidas sobre essa afirmação. O objetivo deste trabalho é rastrear e classificar ciclones no passado visando identificar (ou não) exemplares de ciclones tropicais no período anterior ao uso de satélites. Para isso foi utilizada a reanálise ERA-20C entre o período de 1900 a 2010, que para um período comum (1979-2010) foi validada comparando com a reanálise ERA-5 de amplo uso científico. Após rastrear todos os ciclones utilizou-se o Cyclone Phase Space para classificar cada passo de tempo do ciclo de vida dos ciclones em fases tropical, subtropical ou extratropical. Mesmo tendo construção mais simples, a ERA-20C apresentou média e densidade de todos os ciclones muito semelhantes aos da ERA-5, além de representar a trajetória e a fase tropical do furacão Catarina. A classificação dos ciclones mostrou que a costa nordeste e sudeste do Brasil são as regiões de maior gênese tropical no Atlântico Sul. Estas regiões, junto com a costa do Uruguai, também apresentam a maioria das transições tropicais. Já os ciclones com gênese ou transição tropical na costa sudeste do Brasil possuem a fase quente breve, inferior a 2 dias, e realizam transição subtropical após este período. Os ciclones tropicais no nordeste Brasileiro são mais escassos, e geralmente são sistemas estacionários que duram menos de 3 dias, com poucos exemplares de maior duração, estes, geralmente se deslocam para sudeste realizando transição extratropical. Diversos tipos de ciclones realizaram transição tropical na costa do sul do Brasil-Uruguai, alguns deles tiveram gênese subtropical no sul da Bolívia-norte da Argentina, ou no sudeste Brasileiro, e outros tiveram gênese extratropical no próprio local, como ocorreu com o furacão Catarina. Os resultados deste trabalho mostram a ocorrência de diversos ciclones tropicais no passado, anteriores à era de uso de satélites, servindo de base para estudar mecanismos que possibilitaram estes eventos. |