Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Rosa, Solon Andrades da |
Orientador(a): |
Monteiro, Karina Mariante |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/233061
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Resumo: |
O câncer de pâncreas é um tipo raro de tumor, mas se apresenta como o sétimo mais letal no mundo. Adenocarcinoma ductal pancreático (ADP) caracteriza 90% dos casos. Possui uma evolução silenciosa e geralmente despercebida. Por isso, os pacientes buscam tratamento apenas em estágios avançados da doença, altamente infiltrada e com potencial metastático. Nesses casos a ressecção cirúrgica é impossível. A opção de tratamento é por via quimioterápica usando gemcitabina (GEM). Muitos casos de resistência a essa droga são registrados. A comunicação entre células tumorais e saudáveis parece ter um papel importante nesse fenômeno. A via de vesículas extracelulares é essencial para a realização dessa comunicação celular. Essas vesículas são estruturas de bicamada lipídica, classificadas por origem e tamanho. Exossomos (EXOs), as vesículas de 40 – 100 nm, formadas a partir de corpos multivesiculares, são caracterizadas por possuírem uma alta gama de moléculas e por sua alta capacidade de penetrância. Em ADP, são descritos como responsáveis por piores prognósticos e formação de nicho metastático. Entretanto seu papel na formação de quimioresistência e resposta inicial à droga permanece pouco explorado. Para investigar alterações em processos de comunicação celular através de EXOs como resposta à GEM nós caracterizamos os efeitos da exposição inicial da linhagem PANC-1 à droga e a liberação de EXOs durante esse tempo. Análises de citometria de fluxo utilizando anexina V, iodeto de propídio e laranja de acridina revelaram que GEM não induz metabolismo de morte, nem fluxo autofágico depois de 24 horas de tratamento com diferentes concentrações da droga. Contudo, GEM induziu alteração no tamanho das células. Utilizando Western blot para marcadores de EXO demonstramos diferenças na abundância das proteínas CD9 e CD54. Como a dose IC50 descrita de GEM, 10 µM demonstrou a mesma variação para ambos marcadores, a mesma foi utilizada nos demais testes. O sobrenadante de células tratadas e não-tratadas foi submetido a ultracentrifugação para isolamento de vesículas. Essas vesículas são EXOs como determinado por microscopia eletrônica de transmissão e espalhamento dinâmico de luz. Além disso, as células tratadas com 10 µM de GEM liberaram exosomos diferentes em tamanho, forma e organização, se comparados aos EXOs controle. Além disso, houve aumento na liberação de EXO pelas células tratadas. Como os EXOs mudam em resposta à GEM, é necessário investigar seu conteúdo e propriedades biológicas. |