Perfil fitoquímico e avaliação da toxicidade da espécie gunnera manicata L. nativa do Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Mariotti, Kristiane de Cássia
Orientador(a): Limberger, Renata Pereira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/25238
Resumo: Gunnera é um gênero de angiosperma pertencente à família Gunneraceae. O gênero possui aproximadamente 45 espécies, dentre essas G. perpensa L. tem sido utilizada na África, apresentando efeitos relacionados ao ciclo reprodutivo, provavelmente devido ao (Z)-venusol. Decocções dessa planta são utilizadas no tratamento de doenças infecciosas devido à atividade antibacteriana e à antifúngica. O gênero Gunnera é capaz de formar uma complexa associação com a cianobactéria Nostoc puctiforme L. ocorrendo a formação da neurotoxina -Nmetilamino- L-alanina (BMAA) a qual é associada ao aparecimento de um complexo de esclerose/Parkinson/demência. No Rio Grande do Sul, encontra-se a espécie G. manicata L., da qual não constam, na literatura científica, estudos fitoquímicos, farmacológicos e toxicológicos, apesar de ser apreciada ornamentalmente. Tendo em vista esses dados, o presente projeto avaliou o perfil tóxico-farmacológico e fitoquímico de G. manicata. Para os ensaios de toxicidade oral aguda e uterotrófico foi utilizado extrato aquoso de raízes e para as atividades antimicrobiana (disco difusão) e antioxidante (reação com 2,2 difenil-1-picril-hidrazil - DPPH•), bem como para o perfil fitoquímico, foram utilizados extratos metanólicos e aquosos de raízes e folhas. Não foram observados sinais de toxicidade oral aguda, nem atividade sob o sistema reprodutor de ratas. O potencial antimicrobiano resultou em atividade frente à Bacillus subtilis, Staphylococus aureus, Streptococcus pyogenes e Candida albicans. A capacidade antioxidante apresentou boa a moderada atividade. Na análise fitoquímica por cromatografia gasosa acoplada a detector de massa (CGEM) e cromatografia líquida associada à espectrometria de massas em tandem (CLEM/ EM) não foram detectados BMAA nem (Z)-venusol. Entretanto, foram identificados ácido gálico e hiperosídeo. Os extratos avaliados demonstraram alto teor de compostos fenólicos totais, apesar da baixa concentração de flavonóides totais. Sendo assim, os resultados obtidos neste trabalho geram perspectivas para novos estudos, tendo em vista à ausência de sinais de toxicidade, o potencial biológico apresentado, a falta de informações sobre G. manicata na literatura científica e a prospecção de espécies bioativas.