Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Gonzaga, Alessandra Rodrigues |
Orientador(a): |
Rocha-de-Oliveira, Sidinei |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/201250
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Resumo: |
As carreiras de mulheres são marcadas por transições, parâmetros e expectativas sociais diferenciadas, pelo qual o modelo de carreira caleidoscópica, que considera as mudanças nas fases de vida, apresenta-se como ferramenta estruturada de análise. Isso porque, como um caleidoscópico que produz mudanças na imagem visualizada a partir da alternância dos espelhos de base, também a carreira caleidoscópica traz novas perspectivas de vida e trabalho, a partir da priorização de necessidades e escolhas individuais. No Brasil, as mulheres já representam aproximadamente metade da população economicamente ativa, sendo responsáveis pelo sustento de uma em cada quatro famílias. Entre os profissionais mais qualificados, já são maioria, representando 56% da população com ensino superior (IBGE, 2019). Nesse contexto, o objetivo geral da investigação foi compreender a forma como mulheres brasileiras vivenciam suas carreiras levando em conta o modelo de carreira caleidoscópica. Para atingir esse objetivo, foram realizados quatro estudos independentes. O primeiro estudo trata-se de uma revisão do campo de estudo de carreira, pelo método Delphi, a partir da análise de palavras-chave de artigos publicados em revistas científicas de Administração, entre 1979 e 2018. Nessa revisão bibliométrica, verificou-se uma concentração de estudos sobre novas abordagens de carreira nos últimos dez anos, com enfoque nas experiências dos indivíduos, e um aumento de 52% dos estudos sobre carreiras de mulheres. A seguir, realizou-se o segundo estudo, de abordagem quantitativa e empírico, com objetivo de identificar se os parâmetros ABC (KCM) de crescimento, balanço e autenticidade estão vinculados à faixa etária e outras variáveis ligadas à carreira das mulheres. Para tal, foi conduzida uma survey descritiva, em amostra de 482 mulheres e verificou-se que a variável da maternidade tem destaque maior na análise de carreira pelo método KCM do que a faixa etária. De abordagem mista, o terceiro estudo teve o intuito de analisar as carreiras de quatro mulheres com as lentes do modelo KCM, considerando o contexto sociodemográfico brasileiro em que essas trajetórias se desenvolveram. A análise temática problematizou mudanças estruturais na relação entre mulheres e o trabalho, no que diz respeito a acesso ao ensino superior, ao papel no sustento familiar, ao adiamento da maternidade e aos parâmetros nas diferentes fases da carreira e da vida. Por fim, com abordagem qualitativa, o quarto estudo buscou discutir os conceitos de carreira a partir da interseccionalidade entre gênero, classe e raça. Pelo método de história de vida, buscou-se compreender a trajetória de uma mulher negra, profissional da área de Recursos Humanos, discutindo-se o racismo estrutural na seleção de pessoas e a construção de autenticidade e identidade a partir da questão de raça. Como contribuição, essa tese tem intenção de ampliar o campo de investigação de carreiras de mulheres, compreendendo que as alterações nos papéis de gênero são estruturais e inerentes aos estudos contemporâneos de trabalho. |