Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Marquetto, Luciano |
Orientador(a): |
Simões, Jefferson Cardia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/76140
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Resumo: |
No verão de 2004 – 2005 foi realizada uma travessia do manto de gelo da Antártica Ocidental organizada pelo governo chileno em parceria com pesquisadores brasileiros como parte do ITASE (International Trans-Antarctic Scientific Expedition). A travessia partiu da base chilena Tenente Parodi em Patriot Hills (80°18'S; 81°22'W, altitude 720 m) e seguiu até o Polo Sul geográfico (90°S, altitude 2.840 m), voltando pelo mesmo caminho. Ao longo da travessia foram coletadas amostras de neve superficial (< 0,3 m de profundidade) a cada 10 km, a cada 220 km foi obtida a temperatura média anual local (medida a uma profundidade entre 10 e 15 m). As amostras foram analisadas utilizando espectrometria de massa com fonte de gás (GSMS - Gas Source Mass Spectrometry), no Climate Change Institute, Universidade do Maine, Orono, EUA. As razões isotópicas de oxigênio foram medidas com um dispositivo Micromass Multiprep acoplado a um espectrômetro de massa com precisão de 0,05‰. Os dados são apresentados em delta (δ), notação relativa ao padrão das águas oceânicas (VSMOW – Vienna Standard Mean Ocean Water). Os resultados estão de acordo com observações pretéritas, apresentando redução dos valores com a distância da costa (- 0,0323‰/ km) com exceção de uma área anômala no transecto, no qual em menos de 20 quilômetros (entre as latitudes 87°30' e 86°44'S) há um aumento da razão isotópica de -45,0‰ para -34,5‰, sendo que aproximadamente 100 quilômetros adiante o 18O retorna para a tendência de decréscimo inicial da razão isotópica. Trajetórias das parcelas de ar chegadas em 6 pontos escolhidos ao longo da travessia foram calculadas usando o modelo HYSPLIT para derivar informações sobre a anomalia encontrada, atribuída inicialmente ao efeito orográfico das montanhas transantárticas. Posteriormente se constatou que a anomalia poderia ser causada pela sublimação decorrente do vento ou pela ablação parcial do pacote de neve anual, sendo assim um efeito pós-deposicional. |