Representações sobre “ novas tecnologias ” no fluxo publicitário televisivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Silva, Nathália dos Santos
Orientador(a): Piedras, Elisa Reinhardt
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/142317
Resumo: Esta pesquisa aborda as representações sobre “novas tecnologias” no fluxo publicitário televisivo. Por “novas tecnologias”, nos referimos aos aparatos e gadgets (como smartphones, tablets, notebooks, computadores, televisões digitais), as plataformas de interação digital (sites, blogues, Facebook, Twitter, Instagram e aplicativos diversos) e a própria tecnologia da conexão digital em geral. Discutimos as “novas tecnologias” como algo que manifesta uma ideologia do “novo”, historicamente marcada, reportando-nos ao fenômeno representacional que envolve sua inserção em nosso cotidiano. O objetivo geral de pesquisa é compreender as representações sobre “novas tecnologias” na configuração do fluxo publicitário televisivo, considerando sua relação com os outros gêneros midiáticos. No âmbito teórico, abordamos as representações (com Moscovici, Goffman e Hall), a publicidade (Williams, Barthes, Colón Zayas, Rocha e Piedras) e as “novas tecnologias” (Williams, Spigel, Pacey, Mosco). O corpus dessa pesquisa é o fluxo de anúncios publicitários que tematizaram, de diversas formas, as “novas tecnologias” no canal da Rede Globo/ RBS, na faixa horária entre 20h30 e 23h, nos sete dias da semana. Diante do fluxo e não de anúncios isolados, optamos pelos procedimentos da análise documental. A contextualização do objeto foi realizada através da reconstituição do cenário social e panorama midiático que caracterizou a inserção dessas tecnologias no Brasil entre 1990 e 2015 e da contextualização do fluxo publicitário no fluxo televisivo, situando as representações dos anúncios analisados em relação aos outros gêneros. Emergiram três posições designadas para as “novas tecnologias” no fluxo publicitário televisivo: como bens “novos” ou já banais, mas sempre positivos; de uso universal e também exclusivo, mas sempre bem aceito socialmente; que tem “poderes” de intervenção no tempo e na capacidade de produção dos sujeitos, propiciando transformações fundamentais. A noção de “dupla articulação” entre representações publicitárias e outras representações sociais vinculadas às práticas distintas é evidenciada pelas relações intertextuais entre o fluxo de anúncios, o fluxo televisivo e o contexto social e midiático relativo ao tema das “novas tecnologias” no Brasil contemporâneo.