As práticas corporais na educação integral em tempo integral : um estudo em duas escolas públicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Carvalho, Renata de Oliveira
Orientador(a): Wittizorecki, Elisandro Schultz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/187422
Resumo: O objetivo geral desta pesquisa está formulado da seguinte maneira: compreender como as práti-cas corporais se configuram na educação integral de tempo integral e quais lugares ocupam. A abordagem metodológica escolhida nessa rota foi a pesquisa qualitativa, debruçada no desenho teórico metodológico etnográfico, onde a observação participante se constituiu o principal ins-trumento de produção de informações, acrescentando-se a esse o diário de campo, as entrevistas semiestruturadas e a análise documental. O trabalho de campo foi realizado em duas escolas pú-blicas da rede municipal de Esteio, Rio Grande do Sul, que foram selecionadas por possuírem jornada de tempo integral a todos os alunos e oficinas de práticas corporais. Os colaboradores do estudo foram os principais sujeitos deste processo: facilitadores de práticas corporais do Progra-ma Novo Mais Educação (PNME), articuladores e coordenadores da educação integral, profes-sores ministrantes de práticas corporais, equipe diretiva e discentes. O processo interpretativo foi realizado mediante o agrupamento de quarenta e três unidades de significados e posterior defini-ção de três categorias de análise: os movimentos das práticas corporais nas funções sociais da escola de educação integral, a corporeidade como premissa para a educação integral e o (des)controle. A partir desta pesquisa foi possível compreender que as práticas corporais se mo-vimentam nas funções da escola de educação integral de tempo integral, empregando passos e (des)compassos na busca por uma educação de qualidade. Os achados também permitiram o en-tendimento da corporeidade como premissa tanto na prerrogativa da integralidade, quanto na au-sência, por vezes observada, de um trabalho com práticas corporais numa perspectiva crítica. E o (des)controle constitui-se em um lugar produtivo criado pelos alunos em oposição às rotinas rí-gidas do processo civilizatório, no qual sua expressividade é evidenciada, de encontro às restri-ções vivenciadas na escola e na sociedade. Assim, as práticas corporais assumem diferentes con-figurações no terreno da educação integral, envolvendo-se na edificação de conhecimentos e no desenvolvimento dos sujeitos.