Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Grösz, Mariele |
Orientador(a): |
Dorneles, Beatriz Vargas |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/271802
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Resumo: |
A transcodificação numérica, ou seja, a habilidade de tradução de uma representação numérica, é uma habilidade básica precursora do desempenho em matemática e depende de um conjunto de competências, sendo a memória de trabalho e o contexto linguístico fundamentais. Portanto, a presente dissertação tem como objetivo investigar os preditores da habilidade de transcodificação numérica, a partir da análise da literatura já existente sobre a temática e da avaliação do desempenho de estudantes de 3º e de 4º ano do EF em relação a tal habilidade, à memória de trabalho (componentes fonológico, visuoespacial e executivo central) e à consciência fonêmica. Nessa direção, foram realizados três estudos, uma revisão teórica e dois estudos empíricos, considerando uma amostra de 127 estudantes de escolas municipais de Porto Alegre - Rio Grande do Sul (RS), 55 do 3º ano e 72 do 4º ano do EF. O primeiro estudo foi desenvolvido com o objetivo de realizar uma revisão da literatura brasileira sobre a transcodificação numérica, verificando seus enfoques e delineando diferenças em relação a referenciais teóricos internacionais. Os outros dois estudos tiveram como foco o desempenho na escrita de números a partir dos seguintes objetivos: investigar quais habilidades, considerando memória de trabalho e consciência fonêmica, são preditoras da habilidade de transcodificação numérica; analisar o desempenho dos estudantes de 3º e 4º ano na transcodificação numérica, a partir da classificação de erros de escrita de números, a fim de investigar competências cognitivas e outros aspectos associados aos distintos tipos de erros, como ano escolar e desempenho matemático. Os resultados do primeiro estudo evidenciaram um panorama caracterizado por poucos estudos brasileiros tendo como foco de análise o desempenho em transcodificação numérica. A maioria dos estudos encontrados investigou estudantes dos Anos Iniciais do EF e preditores cognitivos do desempenho e, ainda, foi dado destaque à análise de erros e à investigação da interferência de habilidades linguísticas na transcodificação numérica. Os enfoques das pesquisas são similares aos dos estudos internacionais, evidenciando, porém, um peso distinto das competências cognitivas analisadas. O segundo estudo explicitou resultados semelhantes às pesquisas anteriormente realizadas no Brasil, demonstrando um papel de destaque da idade, da quantidade de algarismos e da memória de trabalho fonológica e executivo central na predição do desempenho na escrita de números entre estudantes de 3º e 4º ano do EF. Além disso, foi percebido um pequeno efeito de mediação da consciência fonêmica na relação entre memória de trabalho e transcodificação. Por fim, o terceiro estudo complementou os outros dois apontando associação entre diferentes tipos de erros de transcodificação com o desempenho em memória de trabalho e consciência fonêmica. Foram verificados mais erros causados pela incompreensão dos mecanismos de transcodificação, do que erros referentes a dificuldades de identificação dos elementos lexicais, sendo reafirmada também a interferência da quantidade de algarismos como fator causador de dificuldades na transcodificação e uma diminuição do número de erros com avanço do ano escolar. |