Adição de l-cisteína sobre parâmetros espermáticos de doses inseminantes de sêmen suíno armazenadas à 5 °C

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Santos, Guilherme dos
Orientador(a): Mellagi, Ana Paula Gonçalves
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/275701
Resumo: O armazenamento hipotérmico na preservação de sêmen suíno é um método proposto para reduzir a carga bacteriana e consequentemente promover o uso prudente de antibióticos em diluentes. No entanto, a redução da temperatura pode levar a danos devido ao choque pelo frio e estresse oxidativo, causando perda na qualidade seminal e redução da fertilidade. O sêmen suíno tem uma sensibilidade especial para danos por estresse oxidativo devido à composição da membrana plasmática e ao baixo sistema de defesa antioxidante no plasma seminal. Este estudo teve como objetivo verificar o efeito de proteção da L-cisteína e identificar a melhor dose-resposta desta suplementação em doses de sêmen armazenadas à 5 ºC por 120 horas. Vinte e um ejaculados normospérmicos (21 reprodutores) foram diluídos em Beltsville Thawing Solution (BTS) em amostra dividida entre os tratamentos: Pos_Cont (armazenamento à 17 ºC sem suplementação de L-cisteína); e os grupos com 0, 0,5, 1 e 2 mmol/L de suplementação de L-cisteína (L-cys0; Lcys-0,5; L-cys1 e L-cys2, respectivamente) armazenados à 5 ºC. As variáveis obtidas foram analisadas como medidas repetidas, considerando o tratamento, o tempo de armazenamento e sua interação como fatores principais. Nas análises dose-resposta, o efeito da suplementação de L-cisteína em doses de sêmen armazenadas à 5 °C foi investigado por meio de contrastes ortogonais polinomiais. As motilidades espermáticas e o pH das doses foram superiores no grupo controle positivo, em comparação às doses armazenadas a 5°C (P < 0,05). Nos modelos de dose-resposta, a motilidade total foi afetada pela interação entre a dose de L-cisteína e tempo de armazenamento (P = 0,0400) com aumento linear da motilidade ao aumentar a quantidade de L-cisteína às 72 e 120 h de armazenamento. A motilidade progressiva aumentou linearmente com inclusão de L-cisteína (P = 0,0013). No teste de termorresistência após 120 horas, as motilidades total e progressiva de armazenamento aumentaram quadraticamente até o nível 1 mmol/L L-cisteína (P < 0.05). A quantidade de espécies reativas ao oxigênio aumentou quadraticamente até 0,5 mmol/L de L-cisteina (P = 0.0276), mas sem afetar a integridade da membrana plasmática, defeitos acrossômicos, peroxidação lipídica e o conteúdo sulfidrila. Em conclusão, a suplementação de L-cisteína tem efeito positivo na motilidade espermática e na manutenção da motilidade após teste de termorresistência até 120 horas de armazenamento à 5 ºC.