Assistência à saúde da população surda no Sistema Único de Saúde – SUS : um estudo exploratório

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Barros, Xenia Maria Tamborena
Orientador(a): Alvarenga, Luiz Fernando Calage
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/236403
Resumo: O Sistema Único de Saúde (SUS) deve garantir a atenção integral à saúde de todos os cidadãos. Porém, o contexto sanitário causado pelo novo coronavírus constitui emergência de saúde pública mundial e vem impactando diretamente na assistência em saúde da população. A legislação preconiza que o cuidado em saúde voltado à população Surda deve ser prestado por profissional capacitado para o uso de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) ou com apoio de profissional intérprete. No entanto, o distanciamento entre o que preconiza a lei e a realidade motivou o desenvolvimento do presente estudo. Objetivo: compreender a assistência em saúde da população Surda no Sistema Único de Saúde – SUS a partir da perspectiva dos usuários Surdos. Metodologia: caracteriza-se como estudo de natureza qualitativa, de nível exploratório. A amostra do estudo é composta por sete Surdos integrantes de entidade parceira. Realizaram-se entrevistas semiestruturadas por meio virtual, foi aplicado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, e o estudo foi aprovado pela Comissão de Pesquisa de Medicina e pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A acessibilidade da comunicação foi viabilizada pela mediação de profissional intérprete em LIBRAS. O material coletado foi degravado e permitiu a análise de conteúdo configurando as categorias emergentes do estudo. Resultado: a barreira comunicacional foi o principal aspecto evidenciado no acesso da população Surda à saúde. O contexto pandêmico agravou os entraves relativos à comunicação, pois o uso de máscara não permitiu a leitura labial e dificultou a visualização das expressões faciais. Dentre as potencialidades, foram mencionados a implementação da Central de Intérprete em LIBRAS, a postura do profissional da saúde que demonstre empatia, e a oferta de cursos de formação em LIBRAS para os profissionais da saúde. Considerações finais: evidencia-se a importância do profissional intérprete na Rede de Atenção à Saúde como forma de viabilizar a acessibilidade e o cumprimento da legislação vigente, bem como a necessidade de formação e educação permanentes para estudantes e profissionais da saúde sobre as especificidades que envolvem a saúde da população Surda.